Rhodolfo voltou a respirar aliviado. Capitão do time nesta temporada enquanto Luis Fabiano esteve machucado, o zagueiro - que se irritava com as críticas direcionadas à defesa por conta dos gols sofridos - cobrou vontade dos colegas dos outros setores e, agora, conta que voltou a ter uma vida social tranquila, depois da melhora de desempenho da zaga tricolor.

"Estava difícil dormir. Via televisão com o povo falando mal da defesa e procurava não assistir. E nem saía para jantar. Ficava mais em casa porque em qualquer lugar, mesmo no posto de gasolina, tinha alguém cobrando ou tirando sarro. Eu sabia que tinha algo mais, mas não acontecia em campo. É complicado, ninguém gosta de ficar levando dura", relembrou.

Hoje, o camisa 4 se sente melhor. Foram somente três gols sofridos nas últimas seis partidas. A nova fase foi consequência exatamente da cobrança que o jogador, então com a faixa de capitão, fez a todos antes da vitória por 3 a 0 sobre o Guaratinguetá - a primeira das seis vitórias consecutivas.

"Se todos não ajudarem, não tem como não levar gol. Agora, sofremos pouco perigo de gol mesmo com um a menos contra o Santos e o time inteiro tem sido bem falado", afirmou, como um ensinamento aos companheiros. "Se jogarmos unidos, vai ser difícil ganhar do São Paulo."

Junto com a disposição, veio o clima mais leve. "A união do grupo melhorou bastante em termos de marcação. Faltava isso. Não era por qualidade na marcação porque são os mesmos jogadores. O que faltava era vontade. Agora treinamos mais alegres, felizes, entramos em campo mais contentes", disse Rhodolfo.