James Rodríguez voltou a ter dias dramáticos no São Paulo. O colombiano, que nunca engatou uma sequência desde que chegou ao clube no ano passado, ficou fora até do banco na partida do Tricolor contra o Vitória. O duelo acabou em 3 a 1 para os paulistas, que acumulam cinco jogos de invencibilidade e vão evoluindo sem o renomado meia. Problema colombiano James só jogou cinco minutos desde que Zubeldía assumiu a equipe. Ele entrou apenas na reta final do clássico contra o Palmeiras, no Morumbi, na semana passada. Contra o Vitória, o meia sequer esteve presente entre os reservas. O técnico optou por dar chance a Galoppo, Rodriguinho e Erick, que, inclusive, entraram durante o jogo. Zubeldía tem muitas opções para o meio e acabou "escanteando" James. No São Paulo, atuam no setor do colombiano nomes como Luciano, Nestor, Galoppo e Lucas — que está machucado. Até atletas como Wellington Rato e Michel Araújo podem exercer essa função de armador.
Luis Zubeldía comentou: "Eu tomo decisões em relação ao que vejo e para isso estou aqui, para tomar decisões. Se não está o James, é porque considero que tem que estar outros companheiros. (...) Tenho clara qual é a minha profissão e tenho clara qual é a minha responsabilidade. Um treinador vive tomando decisões, e tratamos junto com o meu estafe que essas decisões sempre sejam em favor do grupo e que sejam, em sua maioria, positivas."
Zubeldía também mencionou a ausência de James: "Novela colombiana é antiga. O pouco espaço de James na equipe titular não é recente. O jogador assinou com o São Paulo no fim de julho, mas nunca conseguiu conquistar seus comandantes. Com Dorival Júnior, o meia pouco atuou. No total, foram nove partidas como titular — só uma completa. Em outras cinco, ele entrou durante o jogo. James não foi usado nos momentos decisivos, como as finais da Copa do Brasil. Nos dois duelos contra o Flamengo, ele não saiu do banco de reservas. Com Thiago Carpini, ele ficou fora da lista de relacionados na decisão da Supercopa do Brasil, quando o São Paulo bateu o Palmeiras nos pênaltis. Dias depois do título, o atleta chegou a pedir para sair do clube, mas voltou atrás e foi reintegrado."
Muricy Ramalho, coordenador do São Paulo, inicialmente defendia que James tinha que jogar, mas posteriormente mudou de opinião: "Ele é um craque, não há dúvida. No treino, você vê ele fazer coisa que quase ninguém faz hoje: toca para o lado olhando para o outro, encontra espaços... é tipo o Ganso. Acontece é que o futebol está muito intenso. Os jogos estão truncados, táticos, de muita intensidade... no vestiário, os jogadores ficam arrebentados. O jogo é muito físico, e isso não favorece ele. Ele sente muito isso, e todos os técnicos exigem isso. O futebol é físico, sabemos disto."
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