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Falta de títulos na base atrapalha formação dos atletas no São Paulo

As campanhas ruins em dois dos principais campeonatos disputados pela base em 2012 deixaram o São Paulo em alerta. Eliminado na Copa São Paulo e na Copa do Brasil sub-20 ainda na primeira fase, o Tricolor, que tanto tem investido nas categorias de base, já busca soluções para a má fase e aposta em uma nova forma de lidar com os juniores, incluindo um pouco mais de pressão no dia-a-dia e uma obstinação por vitórias.

A nova ‘filosofia’ tem sido implantada no São Paulo desde a chegada de René Simões para ser diretor técnico da base. O treinador, que chegou ao clube em fevereiro, já realizou grandes mudanças na forma como o trabalho vinha sendo feito com os juniores e implementou métodos considerados 'inovadores' para atingir seu principal objetivo: montar equipes jovens que sejam mais competitivas e vencedoras - René acredita que essa é a melhor forma de preparar os jogadores que futuramente subirão para o time principal.

“Você não forma nenhum profissional sem colocá-lo sob pressão, tem que jogar, competir, saber perder e analisar por que perdeu”, disse o diretor técnico são-paulino.

Pensando nisso, uma das novidades trazidas por René Simões foi criar um ‘sistema de avaliação’ para os jogadores das categorias de base após todos os jogos. De acordo com o diretor, a comissão técnica e o próprio treinador do time devem dar uma nota específica para cada atleta que esteve em campo assim que terminar a partida. Os que carregam números menores do que 7,0 no histórico ficam impedidos de subir para outras categorias.

“Todo jogo, os jogadores sabem a notas que eles recebem e sabem que ninguém vai subir se não tiver de 7 para cima. Eles vão ter 40 ou 50 jogos para serem avaliados, vão receber notas do treinador, do preparador físico, do departamento técnico, notas de capacidade de aprendizagem,de comprometimento, etc”, explicou René.

Outra forma de preparar melhor o atleta antes de permitir que ele vá para a equipe profissional, segundo René Simões, é fazer algumas transições de categoria ao longo do ano para que ele adquira experiência nos mais diversos tipos de situação. “O jogador vai jogar na categoria de cima, depois volta para se acostumar. Esse trabalho de transição está acontecendo de forma muito bem coordenada, principalmente com o Ney Franco. A gente trabalha muito em conjunto”, contou o novo diretor técnico da base são-paulina.

Já como ação mais a longo prazo, René Simões está implementando um projeto no São Paulo que oferece cursos de aperfeiçoamento para treinadores, preparadores físicos e preparadores de goleiros da base do clube. O diretor desenvolveu uma metodologia para eles e espera que nos próximos anos, já haja uma evolução considerável nos resultados da equipe de juniores do Tricolor.

“Lançamos na segunda-feira o primeiro curso de aperfeiçoamento para treinadores, preparadores físicos, preparadores de goleiros, … Serão três anos de curso, utilizando um material também fornecido pela Universidade do Futebol. Tem aulas presencais e outras a distancia, mas acho que se pegar 1h por dia ele consegue seguir bem o curso”, contou o treinador, que ressaltou: a iniciativa é inédita no Brasil e só acontece no Ajax, da Holanda, por enquanto.

Todas essas medidas estão sendo tomadas com um único objetivo: formar jogadores mais competitivos na base do São Paulo. Isso porque René Simões acredita que a obstinação pela vitória e pelas conquistas é essencial na formação do atleta - um jogador jovem precisa ter uma ‘mentalidade vencedora’ para estar preparado para enfrentar a pressão de jogar na equipe principal.

“É preciso ter essa obstinação pela vitória, por querer ganhar títulos, sem que isso atrapalhe seu trabalho. Acho que o São Paulo tem que querer mais ganhar títulos, você tem que saber que, ao embutir essa responsabilidade no jogador, você está formando o jogador”, opinou.

Para encerrar, René Simões ainda resumiu o principal objetivo de seu trabalho à frente das categorias de base do São Paulo: formar times campeões - não só nos juniores, mas principalmente no futebol profissional.

“Importante é o São Paulo ser tricampeão do mundo e ser tricampeão da Libertadores com o time profissional. Esse é o mais importante. O trabalho na base deve ser feito visando títulos principalmente na equipe principal. Mas não se forma o bom jogador sem que ele tenha sido exposto a pressão de uma competição, da busca de um titulo”, concluiu.

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