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Com suposto assédio a Réver, Galo denuncia São Paulo no STJD

Mineiros dizem que podem provar denúncia. Tricolor nega, e afirma que chegou a fazer proposta oficial pelo zagueiro. Caso pode parar na Fifa

O Atlético-MG entrou, nesta sexta-feira, com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), acusando o São Paulo de assediar o zagueiro Réver. O clube mineiro afirma que o Tricolor, através do atual técnico interino, Milton Cruz, contatou o empresário do jogador sem consultar o clube. O Galo garante ter provas, gravações telefônicas e relatos testemunhais, que serão usadas para comprovar a denúncia. O clube irá, ainda, protocolar uma denúncia junto à Fifa.

O diretor jurídico do clube mineiro, Lásaro Cândido da Cunha, argumenta que o contato deveria ter sido feito diretamente com o clube. Cunha lembra que o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no artigo 240, condena a prática de aliciamento. Além disso, contraria o regulamento da Fifa quanto à estabilidade das relações contratuais em vigor.

- O Código Brasileiro de Justiça Desportiva estabelece um item específico sobre punição para aliciamento. Ele é sorrateiro, não é direto. Havia alguns boatos, nada que confirmasse. Ontem confirmamos que o Milton Cruz estava fazendo abordagens junto ao procurador do Réver. Assim, estamos invocando o artigo 240, entramos com a representação hoje. Também vamos encaminhar isso para Fifa.

Lásaro disse ter ficado surpreso com a atitude do clube paulista, com quem, segundo ele, o Galo mantém boas relações.

- Surpreendeu essa atitude, porque, até então, as relações eram cordiais, francas. O São Paulo é um clube de primeira linha. Mas enfim, às vezes acontece.

Surpresos

A diretoria do clube paulista, procurada, se diz surpresa com o posicionamento do Atlético-MG. Segundo o vice-presidente de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes, o clube tinha interesse em Réver, porém, argumenta que os mineiros sabiam disso.

Segundo ele, há dois meses, Kalil, recebeu o diretor de futebol do São Paulo, Adalberto Batista, em Belo Horizonte, para uma conversa. Na ocasião, segundo o dirigente tricolor, foi feita uma proposta oficial por Réver, o que, no entender dele, descaracteriza a acusação de assédio.

- Essa reclamação do Atlético me surpreende muito. Há dois meses, o Adalberto foi até Belo Horizonte e fez uma proposta oficial pelo Réver, que não foi aceita. Isso não é assédio. É muito estranho isso. Não temos mais interesse no atleta porque já contratamos o Rafael Toloi – disse Jesus Lopes, citando a contratação recente do zagueiro do Goiás.

O artigo 240 do CBJD, invocado pelo Atlético-MG na denúncia, escreve que, comprovado o aliciamento, as pessoas envolvidas podem ser suspensas de 60 a 80 dias das atividades do clube, além de uma multa, que varia entre R$ 100 e R$ 100 mil.

'Quero ficar'

Nesta semana, Réver já havia desmentido boatos de que poderia se transferir para Corinthians ou Internacional, clubes que estariam interessados nele. O jogador, que está no departamento médico se tratando de um problema no púbis, garante que quer ficar no Galo. Na ocasião, disse:

- Da minha parte (a vontade) é permanecer. E creio que da diretoria é a mesma coisa. Não me vejo saindo aqui do Atlético-MG. Passei por momentos muito difíceis aqui. E hoje as coisas melhoraram,não vai ser agora que eu vou sair. Tem que parar com essas especulações, até porque não tem nada.

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