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O escudo ou a ideia

O São Paulo mandou recado, mas Muricy Ramalho não sai do Santos.

Desde sua demissão, em 2009, o Tricolor já deixou claro duas vezes seu desejo de voltar a contar com o treinador do tri brasileiro. Muricy vai voltar um dia. Não agora.

Em sua entrevista coletiva, após a demissão de Émerson Leão, Juvenal Juvêncio ultrapassou perigosamente a fronteira do folclore. Correu o risco de ser lembrado como um de seus antecessores, José Augusto Bastos Neto, presidente entre 1998 e 2000, ao entrar em campo num treino para ensinar o zagueiro campeão mundial, Márcio Santos, a cabecear uma bola. Como Juvenal também disse, a torcida exige um grande nome. É uma convicção e uma armadilha, ao mesmo tempo. Tão importante quanto contratar alguém cujo trabalho se sustente por sua história é escolher o nome de acordo com a filosofia a ser adotada.

Quando a diretoria de Carlos Miguel Aidar, com Juvenal Juvêncio diretor de futebol, escolheu Cilinho em 1984, ouviu críticas, mas sabia a razão da contratação: investir em garotos.

A escolha por Leão pretendia disciplinar os garotos, mas também servir como escudo à diretoria. O grande nome protege o elenco - e os diretores. Não pode servir só para isso. Juvenal descarta tirar Cuca, do Atlético, e Dorival Júnior, do Inter. Num recado a Luxemburgo, disse que alguns pecam por pensar em coisas demais, além do futebol. Felipão, cotado ano passado, é um grande nome, mas não serve de escudo, na opinião da direção são-paulina. No Palmeiras, critica demais o presidente, torna-se um problema, não uma solução.

Sobrou Dunga e isso evidencia: é quase impossível ter alguém incontestável. Melhor escolher a filosofia.

O único jeito de escapar desse cenário talvez seja vencer outra antiga resistência de Juvenal Juvêncio a treinadores estrangeiros. Ela seria vencida se André Villas Boas aceitasse o convite. Recusou. Não está superada quando se fala em Carlos Bianchi e Jorge Sampaoli.

Segundo Juvenal, o São Paulo não tem o tempo necessário para a adaptação de um estrangeiro. Precisa ter. Mais do que um grande nome, o São Paulo é órfão de uma grande ideia.



Espanha x Itália. A Espanha não fez uma grande Eurocopa. É difícil defender esse pensamento, levando em conta o fato de os espanhóis terem a primeira seleção a defender seu título numa finalíssima desde a Alemanha de 1976. Podem ser os primeiros bicampeões europeus seguidamente e, ao mesmo tempo, ter um inédito título mundial como recheio do sanduíche.

Mas seu estilo carece de aceleração, da hora certa de chegar à grande área, envolver o zagueiro adversário, finalizar.

O tiki taka é muito melhor com Messi, no Barcelona.

A Itália é duríssima de se bater. Pense nas três campanhas da Espanha (2008, 2010, 2012) e compare. Em 18 jogos, o resultado da Espanha foi de vitória nos 90 minutos em 13 partidas, de empate em quatro (duas em 2012), derrota em uma, para a Suíça.

A Itália jogou 12, empatou oito nos 90 minutos, ganhou três, perdeu uma só, para a Holanda em 2008. Tanto na Euro 2008, quanto em 2012, o clássico Espanha x Itália deu empate.

Hoje não tem coluna do meio.

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