Leão abraça Lucas (com a braçadeira), quarto capitão do Tricolor no ano (Foto: Eduardo Viana)

Ano passado, pouco depois de chegar ao São Paulo em outubro, Emerson Leão reclamou da carência de líderes no elenco. Segundo ele, era preciso ouvir mais vozes dentro das quatro linhas. Este inclusive foi o perfil de reforços que a diretoria foi atrás, sendo Fabrício, que lesionado só atuou por 22 minutos, o grande exemplo.

O alerta do treinador parece ter surtido efeito no elenco. Mas entre jogadores que já estavam no grupo quando ele assumiu. No domingo, depois de Luis Fabiano ser substituído aos 33 minutos do segundo tempo, Lucas ficou com a faixa de capitão. Faixa que também já foi de Denis e Rhodolfo (veja abaixo).

– Foi novidade para mim e uma experiência bacana. Acho que vai demorar para eu vestí-la de novo (risos). Tem dono, que é o Rogério Ceni. O Luis Fabiano me deu pois eu estava mais perto dele. É uma responsabilidade grande – confessou o camisa , ao fim do jogo.

Mas não é só o fato de estar perto de Fabuloso que faz o garoto, de apenas 19 anos, receber a braçadeira. Prova é que na última quarta-feira, diante do Independente-PA, Cícero pegou a faixa de Luis Fabiano e levou até Rhodolfo. Aos poucos Lucas ganha a confiança do elenco. E Leão também aproveita para distribuir responsabilidades entre o grupo.

Rogério Ceni segue a mesma linha de pensamento do treinador. Em entrevista ao LANCE! no domingo, afirmou que todos podem assumir a liderança nas partidas. Basta ter atitude e pensar em todos. Mesmo fora, ele também tem participado ativamente .

Sem o camisa 1, não só os quatro capitães, com Fabuloso como substituto imediato, tiveram o espírito de liderança aflorado. Jogadores como Fernandinho, Cícero e Casemiro também mostram vontade em ajudar. Seja com bronca, incentivo ou mesmo em entrevista após derrota. Bom para o São Paulo, que não fica depende apenas das palavras de Ceni para superar as dificuldades.