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Pra que planejamento? Oscar x Lucas

Para quem acompanha a base do São Paulo Futebol Clube há algum tempo, é notável e surpreendente ver o Lucas se destacando tão mais do que o Oscar.

Por que é surpreendente?

Não é simplesmente pela aposta que toda a diretoria e também treinadores tinham em Oscar. Ele era realmente um meia muito habilidoso e chegou a provar isso no nosso time profissional: 3 jogos, 30 minutos, 3 assistências, sendo duas de calcanhar e em momentos complicados.



Era simples e formado na cabeça de todos que seria uma questão de tempo para que Oscar assumisse seu lugar no meio campo do São Paulo. Seu talento, habilidade e principalmente desempenho nos treinos, estavam muito além da antiga promessa (e nem de longe tão promessa quanto Oscar) Sérgio Mota.

Só que em janeiro do ano passado um novo personagem entrou na história. Giuliano Bertolucci fez a cabeça (de um menino totalmente sem personalidade e opinião) e tirou ele do tricolor. Isso brecou um processo e um planejamento feito em cima do Oscar.

Poderia ser o fim do mundo para o São Paulo. A equipe mais uma vez buscava a conquista da Copa São Paulo. Os comandantes seriam: Bruno Uvini, Casemiro, Lucas Gaúcho e claro, Lucas, na época ainda conhecido como Marcelinho. O que era Marcelinho, ou melhor, Lucas naquele período?

Era uma boa promessa. Sua habilidade era inegável, mas era (e ainda bem que ainda é) um jogador bastante individualista. Mostrava às vezes uma certa dificuldade em correr com a cabeça erguida. O chute estava bem preciso e os passes, ainda que raros, eram bem feitos. Um bom jogador, com tempo para ser lapidado.

O tempo se foi com o desespero do São Paulo por algo que trouxesse bons momentos novamente ao time. Lucas foi integrado ao profissional e começou uma sequência de jogos e treinos. Isso tudo entre os jogadores mais experientes, o que é o mais importante.

Do outro lado, Oscar passou um grande período parado. Depois, integrado ao elenco do Internacional-RS, passou a treinar com a equipe sub-23, para ganhar ritmo.

Desculpa, mas ninguém pega ritmo para jogar profissional, participando de torneios amadores. Ainda mais aqueles super amadores, como a Copa Traffic.

E agora? Depois que um passou a participar efetivamente da vida de um clube e o outro passou a maior parte do tempo em um estranho processo de preparação para jogar no time profissional, o que aconteceu?

Lucas - Está visivelmente mais forte e mais rápido. Dispõe de mais qualidade e personalidade para arriscar jogadas complicadas. Brilhou no São Paulo e brilhou ainda mais na seleção sub-20.

Oscar - Está visivelmente sem ritmo, sem pegada e sem confiança. Escondeu o futebol que fez os olhos de muitos brilharem nos torneios de juniores anteriores. Não arriscou dribles, não arriscou passes difíceis. A bola, que antes grudava no pé, agora está escapando. Os chutes, antes bem colocados, estão saindos de um pé de pau, duro e medroso.



Ah, aquele Oscar da seleção. E que seleção, diga-se de passagem. Wellington, Oscar e Henrique faziam uma linha que desmontava qualquer time. Esse Oscar não existe mais e eu não faço ideia de como fazer ele voltar a existir. Talvez seja um trabalho para aqueles que já treinaram o garoto e sabem lidar com ele.

Ai eu pergunto para os grandes empresários do futebol brasileiro. Eles, tão poderosos e tão "importantes" para os jogadores: planejamento pra que? Acho que isso não é importante, o seu jogador vai ser sucesso instantaneo em qualquer time, não é mesmo, Bertolucci?

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