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Maior aposta desde Breno, Casemiro está pronto para estrear pelo Tricolor

Revelado nas categorias de base, volante se espelha em Rogério Ceni, diz que não sonha com a Europa e fala do reencontro com o santista Neymar

O clássico deste domingo, contra o Santos, será especial para um jogador do São Paulo. Afinal, para o volante Carlos Henrique Casemiro, de 18 anos, será o início de sua trajetória no time profissional da equipe do Morumbi. E desde o zagueiro Breno, que surgiu em 2007 e, no ano seguinte foi vendido para o Bayern de Munique (ALE), nenhum jogador revelado no CT de Cotia causa tanta expectativa.

Jogadores mais experientes, como Marcelinho Paraíba, não tem dúvida de que Casemiro tem tudo para entrar no time e não sair mais.

- Todos os garotos que estão treinando com a gente têm potencial, mas o Casemiro realmente impressiona – afirmou o camisa 11.

E, prestes a estrear, Casemiro conversou com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM. Falou que não está ansioso, que tem conversado muito com o goleiro Rogério Ceni e com o técnico Ricardo Gomes e que, dentro de campo, reencontrará o santista Neymar, seu rival nas categorias de base.

GLOBOESPORTE.COM: Para quem não o conhece, gostaria que você se apresentasse.

Casemiro: Meu nome é Carlos Henrique Casemiro, tenho 18 anos e acabei de subir da base, onde estava desde 2002. Tenho vários títulos importantes como duas Copas Nike, um Campeonato Paulista e uma Copa São Paulo. Pela seleção, ganhei o Sul-Americano Sub-17 em 2009 e disputei o Mundial do ano passado.

Como você está fazendo para controlar a ansiedade? Afinal você vai estrear no time profissional e em um clássico.

Estou lidando com tranquilidade. É claro que rola uma ansiedade, mas todos estão conversando muito comigo, principalmente o Ricardo Gomes. Ele disse que, se eu repetir no jogo o que estou fazendo no treinamento, tenho tudo para fazer uma grande partida. E é o que vou procurar fazer.

Como é o seu estilo de jogo?

Sou aquele primeiro volante, que fica à frente dos zagueiros e faz bem a proteção na cabeça de área. Tenho facilidade para dar lançamentos. Mas é claro que se precisar, posso jogar na meia, na lateral. Se for para me escalar, jogo onde mandarem.

Você é a principal aposta das categorias de base, mas por pouco não deixou o clube. Você era empresariado pelo Giuliano Bertolucci, o mesmo que tirou o Oscar do São Paulo. Inclusive, comenta-se que ele teria oferecido um acordo mais vantajoso se você quisesse sair. Como se resolveu essa situação?

Eu era empresariado pelo Giuliano, mas depois do que ele fez com o Oscar, não havia clima para continuar com ele. Agora estou sem empresário. Quanto a outra parte da pergunta, prefiro não comentar, já passou. O que posso dizer é que estou muito feliz no São Paulo, tenho contrato até 2015 e só quero buscar o meu espaço?

Como é treinar com os profissionais?
Minha mãe me pergunta isso toda hora. Na primeira vez bateu a timidez. Mas depois, todos já me conheciam. Converso com eles, pergunto muita coisa para o Rogério. Ele é o professor, nosso grande ídolo.

O que mudou na sua rotina? Onde mora agora?

Estou morando aqui no CT. Sou de São José dos Campos e minha mãe mora lá na casa que o São Paulo deu. Lá moram minha mãe e meus dois irmãos. Meu pai brigou com a minha mãe há cinco anos e foi embora. Se o encontrar na rua hoje, não o reconheço. Agradeço ao esforço que ela fez para eu chegar aqui. Hoje, já pude retribuir um pouco do que minha mãe fez. Quando entro em campo, corro por ela.

E está guardando dinheiro?
Sempre. Minha mãe pega muito no meu pé com isso. Já tenho duas casas em São José dos Campos e um carro normal, só para me deslocar. Depois que fizer meu pé-de-meia, vou pensar nas outras coisas.

Já pensa em jogar na Europa?
Meu contrato vai até 2015 e não penso nisso. Mas uma coisa que eu penso é que sou fã do Rogério por tudo que ele conquistou no São Paulo. Tem uma história maravilhosa. Para ficar rico, não preciso jogar na Europa.

Você, como veio da base, já deve ter enfrentado o Neymar e o Ganso.
O Neymar sim. Aliás, nunca perdi para o Santos. Já foram quatro partidas, a última na decisão da Copa São Paulo, quando empatamos no tempo normal e ganhamos nos pênaltis. O Neymar sempre foi abusado, partia para cima dos marcadores. Será um prazer enfrentá-lo novamente.

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