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René Simões explica saída do clube: 'Princípios que não devem ser quebrados ou negociados'

Ex-coordenador da categoria de base do Tricolor afirma que deixou o clube por desavenças com os seus superiores

René Simões manifestou, através do seu site oficial, os motivos que o fizeram deixar o cargo de coordenador das categorias de base do São Paulo. No comunicado, o ex-diretor da base deu a entender que saiu do Tricolor por conta de desavenças com os seus superiores.

- No caso atual, é uma questão muito simples entre o entendimento do cargo e a função do cargo. O cargo pertence, em qualquer momento à instituição, quanto a função pertence por definição do organograma e do fluxograma a quem senta na cadeira referente ao mesmo - publicou.

O ex-diretor exemplicou o depoimento com base no fato ocorrido entre Ney Franco e Rogério Ceni, durante a Copa Sul-Americana, diante da Liga de Loja, no jogo de volta das oitavas de final, no Morumbi, no último dia 24. Na ocasião, os dois entraram em atrito porque o goleiro havia pedido a entrada de Cícero, enquanto o técnico optou por Willian José. Após o fato, o treinador explicou a situação e ele, como figura de comandante à beira do gramado, é quem faz as substituições. De acordo com o ex-coordenador, essa foi a forma correta de se lidar com o fato.

René ainda agradeceu ao São Paulo pela oportunidade. Ele foi contratado em fevereiro de 2012 e o vínculo ia perdurar até 2016. A intenção da diretoria ao trazê-lo era a de aproximar o Centro de Formação de Atletas (CFA) de Cotia com o elenco profissional, ou seja, revelar mais jogadores.

- Agradeço ao São Paulo pela chance de realizar os projetos que iniciei e que tenho certeza continuados irão economizar muito dinheiro já no ano que vem e darão resultados excepcionais nos próximos. Temos ótimos profissionais sendo aperfeiçoados de forma continuada e excelentes jogadores que bem orientados serão o futuro grandioso que o clube merece - completou.

Confira a íntegra da nota oficial:

Esta será a única vez que escrevo a respeito da minha saída do São Paulo e manterei meu estilo de não dar entrevista após esses descasamentos, entre instituição e profissional.

Por questões de ética e principios rejeitei durante a minha longa carreira como treinador diversos convites de grandes clubes no Brasil e no exterior, pois os mesmos chegavam e eu não largava os clubes aos quais estava sob contrato no momento. Quero dizer que mantenho essa postura e a manterei sempre.

No caso atual, é uma questão muito simples entre o entendimento do cargo e a função do cargo. O cargo pertence, em qualquer momento à instituição, quanto a função pertence por definição do organograma e do fluxograma a quem senta na cadeira referente ao mesmo. Se queremos entender o que estou falando podemos pegar o recente caso do Ney Franco e o Rogério Ceni.

No jogo contra a LDU de Loja, por questões de interesses comuns e elogiáveis dos dois profissionais, ganhar o jogo e obter a classificação, houve um distanciamento do que eu disse acima, cargo e função. Tendo o Ney colocado sua posição e não negociado suas funções de forma nenhuma, ele deixou bem claro isso com calma e eficiência e o Rogério Ceni com toda sua inteligência e experiência do maior ídolo do São Paulo, entendido e acatado com muita humildade e profissionalismo as observações do Ney. Tudo feito as claras, com tranquilidade e muita humildade por parte de ambos. Tive oportunidade de parabenizar o Ney pela condução serena e pelo resultado obtido, ou seja, grupo nas mãos dele, cada vez mais orgulhoso pelo líder maior, Rogério Ceni e jogando uma enormidade depois daquele episódio.

Portanto, saio em nome de princípios que não podem e não devem ser quebrados ou negociados. Agradeço ao São Paulo pela chance de realizar os projetos que iniciei e que tenho certeza continuados irão economizar muito dinheiro já no ano que vem e darão resultados excepcionais nos próximos. Temos ótimos profissionais sendo aperfeiçoados de forma continuada e excelentes jogadores que bem orientados serão o futuro grandioso que o clube merece. Agradeço a todos dentro do clube que me escreveram com as mais variadas manifestações, foi emocionante. Saio de mente quieta, espinha ereta e coração tranquilo e com a certeza de que saio não por mim mas por respeito ao projeto elaborado, iniciado e aos profissionais envolvidos. Agradeço a cada profissional da base, competentes e leais que me ajudaram muito neste período.

Termino com algo que adaptei, acredito e sigo: “Entre a segurança do telhado e a insegurança ao ar livre com a beleza das estrelas, fico com a segunda”.
René Simões.

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