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Fora de sintonia com dirigentes do Tricolor, René Simões pediu para sair

Diretor bateu de frente com Marcos Tadeu e José Geraldo Oliveira, homens de confiança de Juvenal Juvêncio e que comandam a base do São Paulo

Em fevereiro de 2012, o São Paulo anunciou a contratação de Renê Simões para assumir a direção técnica das categorias de base. O experiente treinador chegaria com a missão de transformar o CT de Cotia em um celeiro de craques. Os planos eram ambiciosos: em 2016, o sonho era ver oito atletas revelados atuando na equipe principal, nos mesmos moldes do Barcelona, da Espanha, que conquistou praticamente tudo que disputou nos últimos anos.

Nove meses depois, o projeto foi interrompido. A justificativa oficial do clube é que o treinador pediu desligamento para se dedicar a alguns projetos pessoais. No entanto, a questão não é tão simples assim. Apesar do pouco tempo de casa, René Simões não falava a mesma língua do diretor da base, Marcos Tadeu, e do gerente de futebol amador, José Geraldo Oliveira.

O diretor técnico tinha vários planos para modernizar o clube, que sempre esbarraram na resistência dos dois dirigentes, que são homens de confiança do presidente Juvenal Juvêncio. O desgaste foi aumentando até que chegou a um ponto insuportável, com Renê optando pela sua saída do clube.

– O Renê foi até o ponto que deu. Mas ele esbarrou na última e maior resistência que existe na base, que é o Geraldo. Enquanto ele estiver lá, nada vai mudar. Está tudo errado. Isso interferiu na relação com o presidente. Para ter uma ideia de como estava a situação, praticamente não existia mais conversa entre o René e o Juvenal. Daqui a pouco, o René falará e todos ficarão sabendo o que está acontecendo – afirmou uma fonte ligada ao clube, explicando a situação.

Questionado sobre o assunto, o diretor de futebol, Adalberto Baptista, negou que existisse algum problema e garantiu que o projeto idealizado para a base do São Paulo não será interrompido com a saída do dirigente.

– Não houve nenhum problema. Ele saiu por questões pessoais, tem negócios no Rio de Janeiro e, para trabalhar na base, a pessoa se dedica ainda mais do que no profissional, tem menos folgas.
Talvez isso tenha complicado um pouco. O ciclo foi interrompido prematuramente por um pedido dele. Vamos ver qual a melhor alternativa, mas certamente outro profissional será contratado – ressaltou.

A reportagem buscou o contato com René Simões desde que seu desligamento do São Paulo foi anunciado. No entanto, ele não atendeu e nem retornou os recados que foram deixados em sua caixa postal.

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