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Oscar, Zagallo, Mano Menezes: na contramão do “politicamente correto”.

Não sou a voz da verdade. E posso estar errado. Mas procuro o bom senso e às vezes não o encontro, acontece. Já tive coisas no passado das quais me arrependo- não por maldade, creiam, mas por não ter sido “politicamente correto” e pela dificuldade congênita de engolir injustos “sapos”.

Tentemos ser justos, pois não? Refiro-me a alguns casos do momento:

1- O São Paulo tem razão no caso Oscar: que a Justiça decida, é claro, mas pelo que acompanho a razão está com o tricolor. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, como reza o jargão. Conheço corintianos que ainda não engolem o fato de Lucas, ex- Marcelinho nos tempos de Parque São Jorge, ter trocado o Corinthians pelo São Paulo. Não conheço os detalhes.

Mas, no caso de Oscar, se provado que o São Paulo pagou à sua revelação, tudo o que devia, acho que o presidente Juvenal Juvêncio tem razão: ou o Inter paga a multa supostamente estipulada no contrato, 17 milhões de reais, ou há um acordo entre o tricolor e o jogador (o que seria válido) ou, então, que a decisão não seja sentimental. Afinal, não é um capricho do jogador que deve prevalecer sobre a Lei da qual nem sou fã (a Lei Pelé), depois de nele ter investido, criando-o como uma de suas joias.

E nem vi nas palavras de Marco Aurélio Cunha nenhum tipo de ameaça, se o próprio menino (na época) lhe pediu conselhos. O então de que vale investir na divisão de base, até como antídoto à exploração de mercado, se tudo se resolver na base de “eu quero assim. E pronto”.




Não. Sei que não é politicamente correto. Parece-me, no entanto, o mais justo.

2- Zagallo: pode não ser figura simpática a muitos e nem sei como anda a sua saúde. Se estiver em boas condições, no entanto, apesar da idade, por que não concordar com sua indicação à vice- presidência da CBF? Por bairrismo? Pois eu pensei que isso já tivesse acabado. Duas vezes campeão do mundo como jogador (1958 e 62), uma como técnico (1970) e outra como coordenador e parceiro de Parreira (1994), Zagallo sempre me pareceu sincero nas entrevistas a este blogueiro em seu amor pela “Amarelinha”. Fazia rir o Velho Lobo em sua tenacidade ao dizer que “Vocês vão ter de me engolir”.

Devo ir contra sua indicação para ser simpático, bairrista ou “politicamente correto?".

Pois não vou.

3- Mano Menezes, na corda bamba? Tantos já foram os recados dados pelo atual presidente da CBF, José Maria Marin, do tipo que “só os resultados seguram um técnico”, que além de uma constatação óbvia, o ex- Governador de São Paulo passa a impressão de encostar Mano na parede. Os seus resultados, é claro, ainda estão longe de serem bons e a Seleção não encontrou seu time ideal. Concordo. Mas a insistência da frase óbvia “só os resultados seguram um técnico” ou indica pobreza de repertório de ideias ou dá a impressão de “fritura”.

Não sei se o amigo concorda. É insuportável a “fritura”, tanto quanto a indecisão: se o técnico não serve para o cargo que seja demitido. Faz parte do jogo, faz parte da vida.

Mas sem ser exposto a humilhante condição de “carta marcada”.

Não me parece justo.

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