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O alazão tricolor!

A metáfora eqüestre já é uma tradição do Brasileirão. Pulou alguém na frente – e os torcedores adversários já se coçam para dizer que o cavalo ponteiro fala guarani. Em 2011, o arranque foi súbito – e dado o histórico recente do São Paulo – até que a ironia está contida. Nenhum romerito arriscou ainda a questão: será paraguaio este alazão tricolor?

Com cinco vitórias em cinco jogos, o melhor início da história do Brasileirão de pontos corridos, a memória da demissão e des-demissão de Paulo César Carpegianni parece distante. Das cinco vitórias, três aconteceram fora de casa. O time marcou dez gols: nove a favor e também contra (feito por Casemiro para o Grêmio). Não levou gol de jogador adversário ainda. E aí? É puro-sangue, o animal?

É cedo, muito cedo, cedo mesmo. Temos apenas 13% do campeonato – faltam 33 jogos – 99 pontos para cada time disputar (Santos e Corinthians ainda disputam 102). Mas o início inédito do tricolor paulista impressiona por causa da eficiência em diversas direções. A defesa, apesar da inexperiência dos zagueiros, tem a qualidade sábia (e ainda elástica) de Rogério Ceni a sustentá-la. No meio, Wellington, Casemiro e Lucas garantem juventude e talento. E, na frente, Dagoberto voltou a jogar muito.

Luís Fabiano ainda não estreou – o que mostra quão forte é o elenco do SPFC. Marlos e Fernandinho seriam titulares em quase todos os times do país. Os laterais Jean & Juan tem qualidade. Será que essa fórmula vencedora será capaz de quebrar uma certa “maldição” da quinta rodada? Até hoje, o único time que liderava após cinco jogos e foi campeão foi o Cruzeiro (2003).

Contra o Ceará, ironicamente, a defesa não foi bem. Xandão tentou entregar um gol e não conseguiu, a trave andou salvando. O pênalti, cometido por ippon, poderia ter mudado o jogo. O Ceará merecia melhor sorte – mas esbarrou numa atuação espetacular - em negrito mesmo – de Rogério Ceni. Pegou o penal (numa defesa difícil), buscou bola no ângulo, dividiu com Iarley, fez defesa rasteira. Não por acaso virou o craque da rodada.

Agora o São Paulo perde Lucas e Casemiro para as seleções – e enfrenta uma sequencia de jogos dificílimos: Corinthians, Botafogo(C), Flamengo (F), Cruzeiro (C) e Internacional (F). Só volta a enfrentar um adversário teoricamente mais fácil na 11a rodada, o Atlético-GO.

Olhando pra frente, o São Paulo precisa de uns… 60 a 63 pontos pra ser campeão. Simples, basta vencer mais… 16 ou 17 jogos (e empatar uns 10 ou 11). Soa como brincadeira precoce – mas vale reparar que, desde 2006 – quando o Brasileirão passou a ter 20 times – vencer mais que 20 jogos é algo tão raro que, quando acontece, em geral garante o título.

O São Paulo de 2007 é o recordista de vitórias num só certame (23), mas fez menos pontos (77) que o São Paulo de 2008 (22 vitórias e 12 empates – 78 pontos no fim). Em 2008, aliás, tivemos o único campeonato em que um time venceu mais que 20 vezes e não foi campeão (dois times, na verdade: o Grêmio,vice; e o Cruzeiro, terceiro colocado – ambos com 21 vitórias). Em 2009, ninguém atingiu a marca (o Flamengo foi campeão com 19 vitórias). E em 2010, o Fluminense (campeão) e o Cruzeiro (vice) venceram 20 vezes e- e não mais.

Levando em conta que o tricolor paulista ainda faz… 17 jogos em casa e 16 fora, a arrancada planta um excelente futuro. Ironia ou não, em pontos perdidos, basta perder para o Corinthians na próxima rodada… que a liderança se vai. Em outras palavras – é cedo, muito cedo, cedo mesmo…

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