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São Paulo - O futebol evolui constantemente e, atualmente, tentados por dinheiro e contratos astronômicos, jogadores ficam cada vez menos nos clubes. Este não é o caso de Miranda, que antes de aceitar a proposta para jogar no Atlético de Madrid — a partir de julho —, fez história pelo Tricolor e deixará seu nome marcado na história pelos três títulos do Brasileirão. Neste domingo, o camisa 5 alcançará mais um feito histórico. Ao entrar em campo contra o Grêmio Prudente, às 18h30, no Farazão, o são-paulino completará 250 jogos pelo time do Morumbi, algo que só o deixa atrás do goleiro Rogério Ceni, no atual elenco.

Numa data tão especial, Miranda conversou com exclusividade com o MARCA BRASIL e, emocionado, explicou a sensação de completar um número tão expressivo de atuações pelo time paulista. “Essa marca faz eu entrar para a história do clube. Ao longo destes 250 jogos, todos foram como titular, fiz grandes partidas, conquistei títulos e alcançar esta marca vestindo a camisa do São Paulo é para poucos. Fico muito feliz por isso”, celebrou o camisa 5, que atribuiu as conquistas ao seu forte trabalho.

“Quando cheguei aqui (em 2006), não imaginava que tudo seria assim, com títulos e muitos jogos. Mas as coisas foram acontecendo e, quando o trabalho é bem feito, você começa a acreditar que marcas históricas são possíveis”, explicou Miranda. Sempre tranquilo, dentro e fora de campo, o defensor também crê que ter a cabeça no lugar é uma virtude para se obter sucesso na carreira.

“Credito esta longevidade no clube por ter a cabeça fria e no lugar. Sempre tive pensamento positivo e, durante estes 250 jogos, surgiram várias propostas pelo meu futebol e não me deixei iludir. Sempre fui focado no meu trabalho e, assim, consegui alcançar este número”, ressaltou o são-paulino, que chegou ao Morumbi como um mero desconhecido e, pouco mais de cinco temporadas depois, sairá como um dos grandes ídolos do São Paulo.

“Eu não vim para substituir o Lugano, vim para mostrar o meu futebol e fazer por onde ser merecedor desta camisa. O Rhodolfo está vindo para fazer o mesmo também. Fazer história no São Paulo é para poucos, pois não são muitos que têm esta oportunidade. Vejo isso como um trabalho bem realizado. Sair daqui como um ídolo da torcida, para mim, é muito satisfatório”, finalizou Miranda.