Dirigir o São Paulo em uma Libertadores não é novidade para Milton Cruz. O auxiliar comandou o time em uma partida na competição em 2005, depois da saída de Emerson Leão, que foi embora para o Japão logo depois de conquistar o título do Campeonato Paulista.

Milton sentou no banco no empate por 1 a 1 com a Universidad de Chile no dia 21 de abril em Santiago. O resultado classificou o Tricolor para as oitavas de final. Paulo Autuori assumiu pouco tempo depois e levou o São Paulo ao tricampeonato da Libertadores.

Milton Cruz comandou o Tricolor em seis jogos, com uma vitória, três empates e duas derrotas (veja o quadro ao lado).

“Conhecemos o Milton muito bem. Assumiu essa posição outras vezes, estamos tranquilos. O Milton faz parte do nosso convívio”, afirmou Hernanes. “Experiência ele tem para conduzir o grupo. Não teremos nenhuma dificuldade extra.”

O auxiliar deixou claro que não tem ambição de virar treinador, que está à disposição da diretoria para ajudar, mas que será cobrado para fazer o time apresentar um melhor futebol.

“Claro que serei cobrado, agora estou como treinador. Tenho de fazer o São Paulo jogar bem”, afirmou Milton Cruz, que desta vez, não pegará um time formado. “Nas outras vezes o time estava montado, certinho, e agora está sendo remontado e não está totalmente entrosado porque faltam jogadores importantes. Será mais complicado, mas acredito que a vontade dos jogadores em campo é mais importante. Conversei com eles hoje e todos estão com muita disposição de ajudar. Nessa hora temos de pensar que é a Libertadores, uma competição importante.”

Melhor não ver

Milton até gostaria, mas não vai consultar Ricardo Gomes para definir o time que enfrenta o Once Caldas. O treinador foi até aconselhado pelo médico José Sanchez a não ver o jogo na quinta-feira.

“Eu recomendaria a ele tomar um calmante e dormir. Se o torcedor comum já fica nervoso, imagine quem trabalha com o futebol.” (M.A.)