O São Paulo abriu o leque na primeira etapa da busca por um novo treinador, aquele que irá substituir Fernando Diniz, demitido na última segunda-feira por causa dos maus resultados do time no Campeonato Brasileiro.
Nesta semana, o presidente Julio Casares e o diretor de futebol Carlos Belmonte entrevistaram uma série de profissionais naquele que é o primeiro passo nesse processo - pouco comum no futebol brasileiro, em que os clubes, geralmente, decidem um alvo e fazem a proposta (o Flamengo tomou caminho parecido na escolha de Dòmenec Torrent, demitido meses depois).
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Rui Costa, novo executivo de futebol, iniciou seu trabalho no CT da Barra Funda na última quarta-feira e entrou no clube com o processo de escolha em andamento.
A lista dessa primeira fase de entrevistas inclui, entre outros nomes mantidos em sigilo, os argentinos Guillermo Barros Schelotto, ex-Boca Juniors, e Hernán Crespo, do Defensa y Justicia, atual campeão da Copa Sul-Americana. Profissionais portugueses também estão na mira do clube, como informou PVC em seu blog no ge.
Bruno Lage, ex-Benfica, e Marco Silva, ex-Sporting, são observados. André Villas-Boas, recém saído do Olympique de Marselha, foi consultado, mas indicou que não tem intenção de deixar a Europa e prefere descansar.
Além de estrangeiros, são técnicos em geral jovens e de pouco tempo na função - há a vontade da direção tricolor de buscar alguém com pensamento mais moderno.
As consultas começam com um critério crucial: há pouco dinheiro para a contratação da comissão técnica.
Com o real desvalorizado, o clube tem desvantagem nas conversas - por exemplo com Villas- Boas, procurado com a consciência de que o salário provavelmente impediria o avanço das negociações.
Schelotto, por outro lado, teria respondido com uma pedida dentro das possibilidades do São Paulo - o comparativo é com Diniz, que, com sua comissão técnica com quatro profissionais, custava cerca de R$ 520 mil mensais. Já com Crespo, um possível convite da seleção chilena pode atrapalhar.
As entrevistas terminam sem promessas ou compromissos assumidos. A intenção é, a partir delas, filtrar as três opções finais para que sejam debatidas e, então, apresentar proposta.
O São Paulo claramente prioriza estrangeiros nesse processo, mas não fecha as portas para brasileiros - principalmente por causa dos custos.
Enquanto não define um novo comandante, o São Paulo será comandado pelo interino Marcos Vizolli - a equipe volta a campo só no dia 10, contra o Ceará, no Morumbi.
A diretoria, porém, quer um novo treinador ainda para esta reta final de Brasileiro e planejamento da temporada de 2021.
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