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Agressões fazem Palmeiras rever projeto e abandonar movimento por segurança fora de casa

Uma, duas, três vezes. Em mais de uma oportunidade nesta quinta-feira, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, reforçou em entrevista coletiva a necessidade de os clubes construírem um movimento para conter a violência no futebol. A iniciativa surge na esteira das agressões sofridas pela delegação alviverde no retorno de Buenos Aires, após a derrota por 1 a 0 contra o Tigre, pela Libertadores.

Nas palavras do dirigente, seria uma batalha para acabar de uma vez por todas com o que ele chama de “câncer do futebol”.

“O Palmeiras vai tentar fazer um movimento para que algo de fato aconteça. Não temos preconceito com os organizados. Repudiamos atos de violência e eles não partem de torcedores, mas de bandidos. Precisamos saber distinguir. Esse tipo de bandido afasta o torcedor comum, o apaixonado pelo Palmeiras. É contra essas pessoas que vamos fazer um movimento. São um câncer para o futebol”, afirmou.

Ainda na quinta-feira, o presidente Paulo Nobre se reuniu com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para falar sobre o assunto. O compromisso já fazia parte de sua agenda para a semana. Antes do encontro, ele pediu que marcassem também uma audiência com o governador Geraldo Alckmin e revelou ter conversado com o ministro Aldo Rebelo.

“Se necessário, vou falar com a Dilma (Roussef, presidente da República). Gostaria muito que os presidentes dos outros clubes abraçassem essa ideia, porque temos uma Copa aqui no ano que vem, e esse tipo de atitude é péssima. É uma empreitada de todos”, disse.

O Palmeiras situa o seu movimento no plano nacional. O plano original do time, no entanto, era convocar os demais representantes brasileiros na Libertadores – São Paulo, Corinthians, Fluminense, Grêmio e Atlético-MG – para combater a animosidade em jogos fora de casa. Segundo informações colhidas pelo ESPN.com.br, a ideia vinha ganhando corpo dentro da comissão técnica e seria discutida abertamente na volta de viagem.

O episódio ocorrido no aeroporto de Buenos Aires e o tratamento recebido da diretoria do Tigre, contudo, colocaram um ponto final no projeto antes mesmo de seu início. Entre os palmeirenses, existia a preocupação de que os argentinos pudessem repetir na quarta-feira as cenas de violência protagonizadas na final da Copa Sul-Americana, contra o São Paulo, no ano passado.

Durante a passagem recente por Assunção, no Paraguai, para o jogo contra o Libertad, o presidente Paulo Nobre chegou a almoçar com o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, para expor o seu temor.

“Por incrível que pareça, a grande preocupação em relação a ontem (quarta-feira) era como seríamos tratados pelo pessoal do Tigre. Fomos tratados super bem, eles foram cordiais, não houve problema absolutamente nenhum. Nunca ninguém poderia imaginar que, no aeroporto, a nossa própria torcida fosse criar problema. Vivendo e aprendendo”, comentou.

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