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Leão diz que Juvenal 'passou da idade' e critica seleção brasileira

De volta ao futebol, agora no comando do São Caetano, técnico ironiza presidente do São Paulo e vê Brasil mal preparado para a Copa

Emerson Leão como novo técnico do São Caetano, mas outros assuntos, relacionados ou não ao treinador, vieram à tona em sua coletiva nesta quinta-feira, no estádio Anacleto Campanella. Afastado do futebol desde sua recente passagem pelo São Paulo, no primeiro semestre, o novo comandante do Azulão não poupou críticas ao presidente tricolor, Juvenal Juvêncio, e à seleção brasileira de Mano Menezes.

Substituído por Ney Franco após as eliminações para o Santos, na semifinal do Campeonato Paulista, e para o Coritiba, nas semi da Copa do Brasil, Leão disse ter observado de longe as atitudes da cúpula são-paulina após sua saída. Sem citar nomes, o treinador foi irônico sobre uma possível conspiração da diretoria contra ele.

– Na primeira semana, eu fiquei em São Paulo, para ver o que ia acontecer. Precisava ver quem eram os puxa-sacos ali (no São Paulo). Depois fui para a fazenda, passei uma semana nos Estados Unidos e fiquei em casa assistindo a tudo que se possa imaginar – afirmou, entre risos.

Embora assegure não guardar nenhuma mágoa do seu ex-clube, que classificou como uma ótima instituição para se trabalhar, Leão também abusou do sarcasmo ao comentar a postura do mandatário do São Paulo. O novo comandante do São Caetano citou o envolvimento do dirigente no trabalho da comissão técnica tricolor como empecilho.

– O Juvenal é aquilo que vocês adoram. Podem se preparar, porque sempre vai sair alguma coisa. Eu tenho uma consideração por ele, até porque é uma pessoa velha, já passou da idade e parece que quer ser treinador. O São Paulo é uma casa maravilhosa, adorei trabalhar lá, mas sempre tem o outro lado.

A principal polêmica entre Leão e Juvenal, à época em que o técnico estava à frente do Tricolor, foi o afastamento do zagueiro Paulo Miranda. Insatisfeita com as atuações do jogador, a diretoria são-paulina optou por barrar o zagueiro, passando por cima de Leão.

Quem também não passou impune aos comentários de Leão foi o treinador da seleção brasileira, Mano Menezes. A derrota por 2 a 1 para o México, na final das Olimpíadas de Londres, foi classificada pelo novo técnico do Azulão como inaceitável, principalmente devido à qualidade do elenco que o Brasil tinha à sua disposição.

– Não gostei do que vi, como ninguém gostou. Todo barulho que vem da arquibancada reflete o que acontece no campo. Todos esperávamos muito mais. Tivemos nas mãos a melhor seleção de jovens para vencer as Olimpíadas e acabamos vencendo antes da hora. Perdemos para um time para o qual jamais poderíamos perder – opinou.

A preparação para a Copa do Mundo de 2014 também não agrada ao treinador, que vê o time verde e amarelo ainda desentrosado, a pouco menos de dois anos para a disputa do torneio. Ex-goleiro, Leão diz a Seleção não conseguiu, sequer, definir um camisa 1, o que, segundo ele, reflete o despreparo de quem administra a equipe

– Meu avô dizia que todo time começa por um grande goleiro. Nem isso nós temos. A política tem de ser definida. Eu não quero fazer parte de uma geração que perdeu a Copa dentro do Brasil. O (José Maria) Marin assumiu e vamos procurar trabalhar para ele – argumentou.

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