Por Rubens Chiri / saopaulofc.net

Profissionalismo sempre foi marca registrada do goleiro Rogério Ceni ao longo de sua vitoriosa carreira. E sua maneira de se comportar dentro e fora de campo é visto como fator primordial para o camisa 01 bater mais um recorde. Neste domingo contra o Internacional, o capitão completará sua 107ª partida seguida na meta são-paulina.

Os números podem até impressionar muita gente, mas não para as pessoas próximas a Rogério. Membros da comissão técnica, que acompanham o goleiro desde o início da carreira, revelam os segredos da longevidade do jogador, mesmo aos 38 anos de idade.

"Rogério tem a mentalidade de um vencedor. Ele se cuida bem, consegue se dosar para que possa ter este desempenho muito bom. Ele aproveita tudo aquilo que a profissão dá e tem este cuidado necessário. Nas horas livres aproveita a família, que dá ao jogador aquele conforto necessário", disse Haroldo Lamounier, preparador de goleiros, no São Paulo desde 2003.

O preparador físico Sérgio Rocha foi responsável pelo primeiro aquecimento de Rogério Ceni no Tricolor. Desde então, ele viu de perto o crescimento do ídolo e não esconde sua admiração.

"Ele tem a mesma perseverança, motivação e determinação de quando era garoto. Isso impulsiona a carreira dele a bater recordes atrás de recordes", ressaltou Sérgio Rocha.

A última vez que não esteve em um jogo do São Paulo foi no dia 20 de janeiro de 2010. Na partida contra o Mirassol, fora de casa, Rogério Ceni, poupado, foi substituído por Bosco e ficou fora do empate por 1 a 1. Hoje interino do clube, Milton Cruz enaltece a parceria com Ceni.

"O segredo dele é o profissionalismo. O Rogério se dedica muito nos treinamentos. Eu o acompanho há anos. Só ele mesmo para bater esta marca. A gente fica contente de estar junto com ele neste momento. Espero que possa bater mais recordes", completou Milton.

Ao longo deste período, Rogério Ceni só não atuou os 90 minutos de uma partida apenas uma vez. Na estreia da equipe no Campeonato Brasileiro deste ano, o camisa 01 deixou o campo aos 11 minutos do segundo tempo por conta de dores no tornozelo. Denis foi seu substituto.

"Ele vem batendo marcas, recordes, cem gols... principalmente pelo comprometimento do trabalho dele, que está acima de qualquer coisa. Sempre faz as coisas bem feitas. Além disso, ele ama este clube, isso é raro. Isso de certa forma auxilia vencer os obstáculos da vida", concluiu José Sanchez, médico do São Paulo.

Mais um recorde para o #M1TO!