Os garotos de Cotia estão realmente dominando o São Paulo. Não bastasse o fato de o atual elenco profissional ter 14 atletas formados no moderno centro de treinamento das categorias de base, o Tricolor ainda começou a repatriar jogadores revelados pelo clube há alguns anos e negociados com o futebol europeu por muito dinheiro.

O primeiro a voltar é o volante Denílson. Quem também pode pintar é o zagueiro Breno. Cinco temporadas depois de sua transferência para o Arsenal, da Inglaterra, por US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 10 milhões na cotação atual), o meio-campista, agora com 23 anos, virá por empréstimo de um ano.

"O Denílson é um jogador muito interessante. Ele foi embora bastante cedo do Brasil e amadureceu. Se vier, será um reforço importante", avalia o técnico interino Milton Cruz, sem querer confirmar o sucesso da negociação.
Assim como Milton, a diretoria prefere esperar Denílson desembarcar no Brasil para oficializar a contratação. O volante encontra-se na China, disputando amistosos com o Arsenal. Mas pessoas ligadas ao jogador revelaram ao DIÁRIO que ele está tentando pegar um voo para chegar segunda-feira ao Brasil e ser apresentado na próxima terça.

Briga por Breno/ A situação de Breno é mais complicada. Negociado em 2007 por US$ 19 milhões (R$ 30 milhões) para o Bayern de Munique, da Alemanha, ele não conseguiu ser liberado por empréstimo e o Internacional também entrou na briga. Os alemães exigem a compra de parte dos direitos econômicos do beque de 23 anos. O Tricolor ofereceu 2 milhões de euros (cerca de R$ 4,5 milhões) por 50% do total.

A oferta dos gaúchos não foi revelada, mas sabe-se que o grupo DIS é o investidor por trás da negociação.

"O Breno sempre manifestou o desejo de voltar ao São Paulo. Se ele for escolher um time no Brasil, será o nosso", comentou Milton Cruz, animado. Em contrapartida, João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol, fez questão de negar que o Tricolor esteja na parada. "Não oferecemos 2 milhões de euros. Essa proposta nem teria cabimento", disse o cartola, que tem negado até negócios praticamente fechados.