Rivaldo tem a carreira recheada de títulos e conquistas pessoais. De quebra, coleciona amizades em todos os clubes que passou. No São Paulo, a situação não é diferente. Convivendo no time desde janeiro, o camisa 10 é unanimidade no CT da Barra Funda. Não só entre os jogadores, mas, principalmente, entre os funcionários. O único que não ‘morre de amores’ pelo veterano e, inclusive, o vê como um desafeto, é o técnico Paulo César Carpegiani. Após o entrevero que evidenciou o caso, na eliminação da Copa do Brasil, em maio, a relação estremeceu ainda mais. Mas com uma importante diferença: por ver que o meia é muito querido por todos no clube, o treinador tem perdido a queda de braço.

O MARCA BRASIL conversou com inúmeros profissionais do Tricolor e teve a constatação de que, para todos os funcionários que convivem com o camisa 10, ele é sinônimo de muitos adjetivos. “O Rivaldo é uma pessoa experiente, de ótimo caráter, muito bacana. Dócil demais. Sempre faz tudo que pedimos no departamento médico. É diferenciado e é fantástico trabalhar com ele”, atestou o médico do clube, Auro Rayel.

Pode parecer pouco, mas o pensamento de todas as pessoas vão totalmente na contramão do que pensa Carpegiani. Talvez não seja culpa exclusivamente do técnico, mas Rivaldo demonstra não colecionar inimizades. Exceto o comandante, obviamente. “Quando o Rivaldo vai ao salão cortar o cabelo, demonstra toda aquela serenidade que vemos no campo. É calmo, tranquilo, conversa baixo. Esse jeito dele foi predominante para o sucesso que conquistou na carreira”, endossou o cabeleireiro do clube, Giba.

De fato, Rivaldo é bem quisto por todos. Prova disso foi que a vinda do jogador para o Tricolor, em janeiro, foi um convite do maior líder do time: Rogério Ceni. Os dois se tornaram amigos na seleção brasileira e, por conhecer a qualidade com a bola nos pés e a humildade nas palavras, o camisa 1 acreditou que um jogador como este poderia ajudar o grupo. É verdade que, até aqui, o veterano pouco fez. Muitas vezes não teve chance e, quando as teve, não aproveitou. Mas a tendência está mudando.


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Carpegiani, aos poucos, aproveita mais o jogador. Tem colocado o camisa 10 por mais tempo, amenizou o tom das críticas e, inclusive, já cogita colocá-lo entre os titulares. Contra o Figueirense, ele rendeu mais que em outras partidas. “O Rivaldo é um exemplo. Viveu muito tempo na Europa, foi lapidado e, assim, aprendemos muito com o comportamento dele. É um orgulho termos aqui”, finalizou o gerente de futebol do São Paulo, José Carlos dos Santos.