O jogador mais bem informado e atualizado do elenco são-paulino se desligou do mundo. E foi de propósito. Desde que saiu de férias, dia 6 de dezembro, Rogério Ceni decidiu esquecer o futebol para ter a chance de curtir a mulher, Sandra, e as filhas Clara e Beatriz.

Não fosse pela inauguração de um museu em sua homenagem na cidade de Sinop, no Mato Grosso, no início desta semana, o goleiro-artilheiro nem teria conhecimento de que a CBF decidiu unificar os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa às conquistas do Campeonato Brasileiro. "Para falar a verdade, eu ainda não sei nem como está a contagem", disse, ignorando o fato de que Palmeiras e Santos ultrapassaram o São Paulo e hoje têm oito títulos cada.

"Na fazenda onde estou, não tenho nem telefone", emendou Ceni, referindo-se à propriedade da família, em um município próximo a Sinop.

Antes de curtir a tranquilidade do campo, o goleiro esteve nos Estados Unidos. Seu destino: os parques de diversão, para alegria de suas gêmeas. "Elas adoram a Disney e fomos pelo terceiro ano consecutivo para lá", revelou o capitão são-paulino, admitindo que também gosta das fortes emoções proporcionadas pelas montanhas-russas gigantes.

E-mail, internet, jornais, revistas... nada disso tem feito parte do cotidiano do último grande ídolo tricolor. "O jogador se dedica tanto tempo ao futebol ao longo da temporada que precisa de um período de descanso", justificou.

"Nós nunca temos sábado e domingo, porque ou estamos concentrados ou jogando. Já perdi as contas de quantas reuniões familiares perdi. Então, num momento como esse, tento estar perto das filhas."


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