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Comentaristas analisam os duelos dos seis brasileiros na Libertadores

Com o fim da fase de grupos da Taça Libertadores, estão definidos todos os confrotos das oitavas de final da competição. Os brasileiros bateram o recorde ao se classificarem todos os seis e são os favoritos em quase todos os seus confrontos. Confira a opinião de André Loffredo, comentarista do SporTV, e Tim Vickery, correspondente da TV BBC na América do Sul.

Atlético-MG x São Paulo
André Loffredo: "O Atlético-MG deixou o São Paulo chegar, adversário que tem muita tradição na Libertadores e um bom time. A qualidade técnica do Atlético, com jogadores de Seleção, faz com que chegue numa boa condição, mas não dá para dizer mais que é favorito. O São Paulo está vivo e tem muita tradição. Não diria que este jogo tem um grande favorito".

Tim Vickery: "Mais uma vez, o Cuca comanda o time que teve, de longe, a melhor campanha da primeira fase, e vai ter que pegar o São Paulo. O Atlético quis eliminar o São Paulo na quarta, mas não foi capaz. O jogo de quarta explica por que o Galo não foi campeão brasileiro. Quando não jogam Júnior César, Bernard e Tardelli, o Atlético é um time comum. Perdeu opções de velocidade e o Ronaldinho fica mais fácil de ser marcado. Se não voltarem Bernard, Junior Cesar, Diego Tardelli, o São Paulo até favorito. A vantagem psicológica é do São Paulo. O Ney Franco terá o Jadson de volta nos dois jogos e o Luis Fabiano em Belo Horizonte. Mas o time tem problemas ofensivos. Muita gente diz que eles têm a ver com a venda de Lucas, mas eu não vejo assim. Contra adversários mais cautelosos, sempre sofreu. Mesmo quando Lucas ainda estava no Morumbi. Para mim, o problema é 4-2-3-1. É difícil ser o único atacante. Poucos atacantes fazem isso bem, o Lius Fabiano é muito melhor de frente que de costas para o gol."

Corinthians x Boca Juniors
André Loffredo: "O Corinthians tem uma defesa muito boa, controla a possa de bola, um elenco muito bom, mas está na chave mais difícil da Libertadores. Vai pegar o Boca, que quer se vingar da temporada passada, quando perdeu na final. O técnico Carlos Bianchi, dessa vez, está no comando. É um time muito difícil, apesar da campanha ruim no Campeonato Argentino e dos tropeços recentes. Se o Corinthians passar, ainda pega o vencedor de Velez Sarsfield x Newells's Old Boys, que são duas equipes difíceis."

Tim Vickery: "Desde a final do ano passado, o Corinthians só melhorou e o Boca só piorou. O Corinthians está mais confiante, tem mais peças e tem o mesmo padrão de jogo. Só levou dois gols em seis jogos. Por outro lado, o Boca está em um processo de renovação muito doloroso. O Bianchi está em uma situação muito difícil, porque o sistema defensivo está mal. O Corinthians é muito, mas muito favorito. Só que o Boca continnua o Boca, você não pode descartá-lo. Mas, neste momento, é difícil imaginar como eles podem ganhar o jogo. O time do Corinthians é muito compacto, não vai dar espaço para o Riquelme. A esperança do Boca é o Riquelme conseguir escapar dessa marcação uma ou duas vezes. Martínez vai estar motivado e, talvez, possa aparecer."

Fluminense x Emelec
André Loffredo: "O Fluminense acabou ficando numa situação muito boa, fugiu da altitude (já que podia pegar o Real Garcilaso, do Peru) e pega o Emelec, um dos times mais fracos da Libertadores. O Emelec tem suas limitações e o Fluminense tem muito mais time. O Fluminense talvez tenha o melhor caminho dos brasileiros na Libertadores."

Tim Vickery: "O Emelec tem uma coisa que precisamos frisrar. Nos últimos cinco anos, só um time brasileiro não passou na fase de grupos da Libertadores. Foi o Flamengo, no ano passado. E foi o responsável foi o Emelec. O time está crescendo, fez uma Sul-Americana boa e uma fase de grupos sólida nesta Libertadores. A equipe tem uma maneira de jogar e está ganhando confiança. Não é um time vistoso, mas procura ser rápido nas transições, tem força ofensiva e muita velocidade pelos lados do campo. O atacante Marlon de Jesús é um pouco trombador, não é nenhuma maravilha, mas pode causar problemas, se estiver em um dia feliz. Além disso, só levou quatro gols na Libertadores. É um time qualificado. O Fluminense é claro favorito, mas o Emelec não é um adversário para desprezar."

Santa Fé x Grêmio
Veloz, Vargas pode surpreender defesa do Santa Fé
(Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)
André Loffredo: "O Grêmio acabou fugindo do Nacional-URU, mas pegou também um time difícil, que tem a segunda melhor campanha, que é o Santa Fé. O time colombiano tem Borja, com quatro gols na Libertadores, e Wílder Medina formando a dupla de ataque. É uma equipe surpreendente."

Tim Vickery: "O Santa Fé é um time interessante, ganhou o colombiano no primeiro semestre de 2012, e foi reformulado. Os três jogadores de frente são muito perigosos. O camisa 10, Omar Perez, eliminou o Vasco com o Boca em 2001. É um pouco pesadão, mas tem habilidade. Outro atacante, Medina, é um diabo. Foi o destaque do Tolima contra o Corinthians em 2011. Fora de campo, também faz besteiras. Acabou de voltar de uma suspensão por uso de maconha. O terceiro homem de frente é o Borja, ex-Flamengo. Já tem quatro gols na Libertadores e é muito forte fisciamente. É o tipo de jogador tanque. Não tem técnica, mas está confiante. O Santa Fé é o unico time invicto na Libertadores, com quatro vitórias e dois empates. O Grêmio tem condições de explorar a lentidão da defesa do Santa Fé. Os zagueiros Centurión e Mendoza são muito lentos. Com os recursos ofensivos que têm, o Grêmio pode eliminar o Santa Fé. Vargas e Welliton são ótimos jogadores. Os dois têm potencial de criar perigo.

Palmeiras x Tijuana
André Loffredo: "É um time desacreditado porque, se você analisar o elenco, ele está abaixo dos demais brasileiros, mas o Palmeiras tem jogado com muita raça. Enfrenta o Tijuana, que causa um problema, porque tem uma viajem muito longa (até o México), e um gramado artificial. O Corinthians perdeu sua invencibilidade na Libertadores jogando lá. Ninguém venceu o Tijuana no estádio Caliente."

Tim Vickery: "Dá para sentir que existe um clima de euforia no Tijuana. É um clube novo, sem tradição. O Palmeiras tem o problema da viagem, que é uma faca de dios gumes, já que o Tijuana também tera que vir para o Brasil. O problema é o gramado, o maldito gramado artificial. Neste duelo, o primeiro jogo em casa dá muita vantagem aos mexicanos. Dá a oportunidade de não levar gol em casa, administrar. A torcida do Palmeiras tem feito bonito, mas eu acho que o Tijuana inicia o duelo como favorito. A dupla de saga é boa e o equatoriano Martínez é um bom jogador, perfeito para atacar o espaço atrás de lateral."

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