A diretoria do São Paulo entende que foi pesada a punição imposta pela Conmebol pelos incidentes na final da Copa Sul-Americana de 2012, contra o Tigre, no Morumbi. O clube perdeu um mando de campo na Libertadores e recebeu multa de US$ 100 mil (R$ 200 mil). Os advogados ainda estudam o caso para determinarem se entrarão com um recurso ou acatarão a decisão da entidade, mas o departamento de futebol já escolheu o Pacaembu como a nova “casa”.
– Nós entendemos que não demos causa a nenhuma punição. Os incidentes foram decorrentes do mau comportamento do Tigre. Acredito que foi uma punição severa pelo que aconteceu – afirmou o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes.
Notificado na sexta-feira à noite, o São Paulo tem sete dias para se posicionar. No comunicado enviado pela Conmebol ficou decidido que a partida contra o Atlético-MG, dia 17 de abril, pela última rodada da fase de grupos, não poderá ser realizada no Morumbi. Caso a punição não seja anulada, o confronto passará para o Pacaembu.

– Depois do Morumbi, o Pacaembu é o estádio mais confortável da cidade. Se tivermos de jogar fora, essa é a escolha. Nosso departamento jurídico está analisando o comunicado. Ainda não temos um relato dos nossos advogados sobre o assunto – acrescentou o dirigente.

Lopes, aliás, não deixou de provocar o Tigre. O clube argentino, acusado pelos tricolores de iniciar a confusão com seguranças nos vestiários, não perdeu mandos de jogos e terá apenas de pagar uma multa no mesmo valor que aquela determinada ao São Paulo.

– Essas questões de penalidade são sempre relativas. Se cobrarem uma multa de US$ 100 mil de mim, eu me arrebento todo. Se cobrarem do São Paulo é pouco representativo. Acho que o porte do Tigre é mais próximo da quitanda da esquina. Esse recolhimento vai pesar muito em suas finanças – disparou.