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Tricolor perde para Vasco e vê protestos contra elenco e Juvenal



Ao deixar a função de técnico interino do São Paulo para a entrada de Ney Franco, Milton Cruz foi enfático: “é um time para ser campeão”. Mas, dentro de campo, o Tricolor demonstra persistentes e graves deficiências tanto na marcação como no ataque. Nesta quarta-feira à noite, a equipe paulista teve apenas dez minutos de bom futebol. Depois, foi totalmente dominada mesmo jogando no Morumbi e acabou derrotada de forma justa pelo Vasco por 1 a 0, gol Fagner no começo do segundo tempo, em confronto pelo Campeonato Brasileiro.

Mais uma vez, a torcida tricolor demonstrou irritação. Eram pouco mais de 10 mil pessoas sob o frio que castigou o Morumbi. Boa parte dos torcedores protestou, pediu raça ao time e criticou principalmente o presidente Juvenal Juvêncio.

Com o resultado, o Vasco chega a 23 pontos e segue na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, atrás do Atlético-MG, que soma 25. O São Paulo está com 16 pontos e vê o G-4 do torneio nacional mais distante.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo entra em campo no domingo à tarde diante do Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC). Um dia antes, o Vasco atua contra o Santos, a partir das 18h30, no estádio de São Januário.

O Jogo - O São Paulo aproveitou o frio da capital paulista para correr mais do que o habitual nos instantes iniciais, até como resposta para as críticas do empate contra o Palmeiras, que atuou durante quase todo o segundo tempo no domingo com um a menos. A ordem era aproveitar a velocidade em jogadas pelas pontas. Pela direita, Osvaldo acionou Luis Fabiano, na primeira chance aos oito minutos. O Fabuloso foi competente ao cortar Dedé, porém arrematou em cima do goleiro Fernando Prass.

Dois minutos depois, foi a vez de Cícero assustar pela esquerda. Em contra-ataque criado com uma série de troca de passes, o meio-campista tricolor recebeu com liberdade e mandou um chute firme, desviado suavemente por Fernando Prass e que terminou na trave direita da meta carioca.

O Vasco acordou aos 11 minutos e, a partir daí, ficou com domínio total. Na primeira oportunidade, Diego Souza apareceu livre na região da marca do pênalti e finalizou para fora, de forma inexplicável. Provavelmente, ele relembrou o incrível gol perdido contra o Corinthians na partida decisiva das quartas de final da Libertadores.

Neste momento, a partida já não estava favorável ao São Paulo. A defesa dos donos da casa sentia dificuldade principalmente na marcação do inteligente meia Juninho Pernambucano e de William Barbio, que explorava as costas do lateral esquerdo Cortez.

Aos 25 minutos, o São Paulo ainda amargou a perda de Osvaldo por uma lesão muscular e sentiu demais, já que Rafinha entrou totalmente perdido. Sem contra-ataque, o Tricolor passou a ser sufocado. Em dois chutes, o veterano Juninho quase abriu o placar. Primeiro, ele acertou o travessão em cobrança de falta. Depois, exigiu grande defesa de Denis em arremate de fora da área.

Por sorte, o Tricolor escapou da desvantagem até o fim do primeiro tempo, mas desceu aos vestiários para o intervalo sob vaias e gritos de “raça”. “Está faltando gás, precisa de um pouco mais de movimentação e aplicação”, decretou o atacante Luis Fabiano.

Para o segundo tempo, o São Paulo mudou o esquema com a entrada do zagueiro João Filipe no lugar de João Felipe Schmidt. A mudança não deu certo. O Vasco abriu o placar aos quatro minutos, quando Fagner invadiu a área pela direita e fuzilou Denis.

A torcida voltou a pressionar com gritos de “raça”. A resposta veio de Ney Franco, com a entrada de Ademilson no lugar de Cícero. Mas, no minuto seguinte, Rodrigo Caio esbanjou inexperiência e colocou a mão na bola. Como já tinha amarelo, acabou expulso.

A partir daí, o esquema do São Paulo virou uma confusão. Ney Franco deu a ordem para o zagueiro João Felipe atuar como lateral direito, enquanto o lateral direito Douglas virou volante. Revoltada, a torcida começou a hostilizar o presidente Juvenal Juvêncio e o nível do elenco.

O São Paulo criava apenas com Luis Fabiano. Primeiro, o centroavante encobriu Fernando Prass na área, mas errou o alvo. O atacante era, aliás, o único aplaudido nas arquibancadas. No fim, o Fabuloso ainda exigiu grande defesa do arqueiro adversário em cobrança de falta. Não deu para mudar o destino em campo.

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