A derrota para o Linense, a primeira depois de 14 partidas de invencibilidade e 11 vitórias seguidas, deixou os jogadores do São Paulo decepcionados, a ponto de Lucas falar em vontade e raça, e Denis se sentir envergonhado. Contra o clima de chateação, contudo, o clube pode contar com uma estatística positiva: no Morumbi, local do jogo único e eliminatório contra o Bragantino, o time ainda não perdeu nesta segunda passagem de Emerson Leão.

A última derrota do São Paulo como mandante ocorreu em 2 de outubro, no dia da reestreia de Luis Fabiano. A equipe então comandada por Adilson Batista perdeu para o Flamengo por 2 a 1. Desde então, incluindo partidas que o time organizou também em Barueri e Mogi Mirim, são 13 vitórias e quatro empates.

Com Leão no banco de reservas desde outubro do ano passado, o São Paulo como mandante acumula 12 vitórias e dois empates. Especificamente no Morumbi, o treinador tem nove triunfos e duas igualdades à frente do time que, quando assumiu, desperdiçava pontos demais em casa, vacilos que custaram até a vaga na Libertadores.



Apesar dos números, que o ex-goleiro prometeu atingir nos compromissos em que fosse anfitrião ao assumir a equipe, o comandante contém qualquer empolgação. Na análise do chefe, a derrota em Lins foi decorrente também de um excesso de confiança – cita o lance do segundo gol, quando três foram ao mesmo tempo tomar a bola de André Luiz, que passou por dois e cruzou rasteiro para Paulo Miranda fazer contra, em vez de alguém ficar na sobra.

Leão assume o favoritismo contra o Bragantino, mas exige que a condição seja provada na prática. “A tendência é a classificação dos favoritos [os quatro grandes], como a tendência era sairmos vitoriosos em Lins. Em outros esportes, dificilmente tem zebra. No futebol, acontece toda hora, ainda mais quando alimentamos as zebras. Os quatro grandes têm superioridade técnica, mas precisam transformar isso em número de gols”, disse o técnico.