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São Paulo troca gols pelo chão por bola parada

O São Paulo não faz um gol em cobrança direta de falta desde o centésimo de Rogério Ceni, em março do ano passado. Mas isso não quer dizer que a equipe não tem sido produtiva quando o assunto é bola parada. Pelo contrário. Nas últimas sete partidas, o Tricolor se tornou até dependente de faltas, escanteios e pênaltis para vazar a defesa adversária.

Nesse período, o time fez 18 gols, sendo que 11 deles foram em lances desse tipo. Comparando com os sete jogos anteriores, a diferença é gigantesca, já que apenas dois, dos 17, surgiram em jogadas de bola parada.

Na última rodada, por exemplo, o Tricolor marcou em cobrança de escanteio, graças ao entrosamento da dupla Jadson e Rhodolfo. Mas não foi suficiente para vencer o Linense, garantir a liderança do Paulistão Chevrolet e bater o recorde de vitórias consecutivas da história do clube.

Na hora de criar as jogadas pelo chão, o time apresentou dificuldades. Lucas, Luis Fabiano e Jadson, apesar da assistência, não estiveram em tarde muito inspirada. Dos sete gols feitos de bola rolando, um foi contra e três em chutes de longa distância. Tabelas ou lances dentro da área rival resultaram em gol apenas na três vezes: Lucas (contra o Santos), Maicon e Osvaldo (ambos diante do Bahia de Feira).

Uma das justificativas para essa mudança de postura pode ser o treinamento. Jadson, por exemplo, demorou a se adaptar e agora mostra uma pontaria muito mais calibrada e tem sido decisivo nos cruzamentos.

Além da bola aérea, os gols de pênaltis contribuem para a estatística. E os jogadores passaram a treinar durante a semana. Quando Luis Fabiano e Jadson erraram contra Cruzeiro e Corinthians, respectivamente, eles quase não praticavam no CT. Mesmo com Willian José desperdiçando diante do Mirassol, o aproveitamento melhorou bastante.



Como o levantamento mostra, o São Paulo passou parte do campeonato marcando gols de uma forma, e depois mudou radicalmente. Agora, com a chegada dos mata-matas, nada melhor do que unir as duas formas para não correr risco de vacilar, assim como foi diante do Linense. Até porque, não haverá segunda chance. Perdeu, está fora.

Os personagens da ‘transformação’ dos gols:

Rhodolfo
Contestado no início do ano pela má fase da zaga, o camisa 4 deu uma verdadeira volta por cima na temporada. Além da melhora no sistema defensivo, tornou-se destaque pela parceria com Jadson nas jogadas de bola aérea no ataque. Ele já fez seis gols na temporada, sendo que cinco foram em assistências do camisa 10. Nos últimos seis jogos, fez cinco gols.

Jadson
A postura do camisa 10 é simbólica para o São Paulo. O jogador é o grande responsável pelos gols de bola parada e já deu oito assistências no ano (sendo seis em faltas e escanteios). No entanto, com a bola rolando, não repete o mesmo desempenho e fracassa na missão de armar as jogadas do time. É um dos piores passadores da equipe, além de perder muitas bolas na frente.

Lucas
O camisa 7 também vive uma dualidade: é útil nas jogadas de bola parada porque, como dribla e fica com a bola, sofre as faltas que originam os gols. Mas, na armação das jogadas, por vezes, peca. Faz boa temporada, mas erra muito em algumas partidas, exagerando no individualismo. É o maior perdedor de bola do Paulistão e contribuiu para que o time parasse de criar jogadas pelo chão.

Luis Fabiano
Apesar de não ser um exímio cabeceador, o camisa 9 tem grande contribuição para os gols de cabeça. Nas jogadas de bola parada, briga bastante com os zagueiros, segura a marcação e abre espaço para seus companheiros cabecearem. Além disso, é preciso nas cobranças de pênalti, o que amenta o número das bolas paradas. Neste ano, marcou as três oportunidades que teve.

Leão
É comum um técnico ser criticado por seu time fazer muitos gols de bola parada e ser pouco criativo. No caso do São Paulo, o treinador tem de ser exaltado. Muitas vezes criticado por treinos antiquados e simplórios, Leão é perfeccionista durantes os treinos neste tipo de jogada. Nas últimas semanas, o número de treinamentos de escanteios, faltas e pênaltis cresceu bastante.

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