Nesse domingo, mais uma vez Piris foi bastante vaiado pela torcida por conta de excessivos erros principalmente em seus cruzamentos e foi sacado por Emerson Leão durante a derrota para o Linense. Mas o técnico garante apoio ao paraguaio e cita suas dificuldades de adaptação ao Brasil como argumentos para defendê-lo.

“Para mim, o Piris tem mais perdão do que os outros”, falou o técnico à rádio Globo. “O Piris tem capacidade técnica, mas tem 21 anos [na verdade, 23] e veio do Paraguai para um futebol com mais estrutura. E casou, tem uma criança de alguns meses de vida, isso causa um desconforto ao dia a dia do casal. Estamos falando muito com ele, que é muito introvertido. Precisamos ter mais articulação no diálogo.”

O comandante relata tristeza pelas falhas do camisa 2, mas ressalta seu empenho. “É desagradável, sinto muito quando vejo a possibilidade de ele chegar à linha de fundo ou mais próximo do goleiro e não acertar. Mas ele repete os treinos de cruzamentos todos os dias”, disse o técnico. “No momento em que eu entender que existe um excesso negativo, eu o substituo, como já ocorreu e ele voltou bem novamente.”

Leão já deixou até Piris só treinando no CT da Barra Funda, sem ser relacionado, por uma semana em março. O jogador contratado em julho após se destacar no Cerro Porteño e na seleção paraguaia vice-campeã da Copa América chegou a ter sua titularidade ameaçada pelo volante de origem Rodrigo Caio, de 18 anos.



Depois do período afastado, contudo, Piris melhorou na visão do chefe. Apesar disso, deve perder no futuro a posição para Douglas, ex-atleta do Goiás que se recupera de pubalgia antes de ser oficialmente apresentado e estrear no São Paulo. “Não temos um substituto ainda definido como lateral. O Douglas está se recuperando e, se esperarmos mais um pouco, poderá jogar porque é mais técnico”, avisou Leão.