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A crise bate à porta

Técnico enfrenta insatisfação da torcida, da diretoria e do elenco

A viagem para o México foi cansativa para os jogadores, mas pode fazer bem. Em um momento conturbado, sair de São Paulo foi um ótimo remédio. Pressionado, Ricardo Gomes sabe que um resultado negativo contra o Monterrey, amanhã, pela Libertadores, pode deixar o Tricolor em situação desconfortável também na competição continental, já que, depois da derrota para o Corinthians, o caminho ficou um pouco mais espinhoso no Campeonato Paulista.

O treinador vê pela primeira vez seu trabalho questionado pelos torcedores. A Independente, principal organizada do clube, já articula um protesto no domingo, quando o São Paulo enfrentará o Botafogo no Morumbi, caso o time não volte do México com uma vitória.

A insatisfação dos são-paulinos também apareceu na internet. O Twitter, conhecida rede social de miniblogs, registrou durante boa parte do dia entre seus trending topics (os assuntos mais comentados do dia) a tag #FORARICARDOGOMES.

Já no site de relacionamentos Orkut, uma das maiores comunidades destinadas ao Tricolor mantém um tópico com o título “Enquanto o Ricardo Gomes Não sai, o Tópico Não cai”.

Ele também não conta com 100% da simpatia dos cartolas. Alguns deles chegaram a colocar nomes de treinadores na mesa do presidente Juvenal Juvêncio. O chefão, por enquanto, não cogita trocar o comando. A postura é idêntica à que ele adotava toda vez que o trabalho de Muricy Ramalho era questionado.

O agravante, neste caso, é que Ricardo Gomes tem um vínculo curto, até julho. Nesta altura, se tudo der certo para o São Paulo, o time estará aguardando o fim do recesso da Copa do Mundo para disputar uma vaga na decisão da Libertadores.

O temor, no entanto, é cair na competição continental muito antes disso. O Tricolor precisa pelo menos de um empate no duelo contra o Monterrey para continuar em uma situação confortável no Grupo 2.

Insatisfação

O presidente está atento. Juvenal viajou sozinho ao México - sem os fiéis escudeiros, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes e o vice, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco - para ficar mais próximo do elenco.

Ele quer descobrir se os jogadores não estão mais se entendendo com Ricardo Gomes. A reclamação pública de Cicinho por ter ficado no banco contra o Corinthians não pegou bem.

O lateral-direito foi além, segundo os repórteres de rádio que estavam ao lado do gramado no clássico. Ao ser chamado para entrar no segundo tempo, ele até ofendeu o treinador.

Ricardo Gomes preferiu contemporizar, disse até que o jogador, quando estiver 100% fisicamente, será titular. Resta saber se não ficará nenhuma rusga.

Os três dias de concentração em Monterrey podem reconduzir o São Paulo aos trilhos ou descarrilar o trem definitivamente. “Será importante porque poderemos conviver mais tempo juntos e corrigir os erros”, afirmou o zagueiro Alex Silva.

“O importante é que quarta (amanhã) já tem outro jogo. Podemos ganhar e tirar o peso das costas. O duro é quando temos uma semana para trabalhar com o ambiente conturbado.”

Amanhã
Monterrey, pela Libertadores
Estádio Tecnológico, no México
Domingo, 4 de abril
Botafogo, pelo Paulista
Morumbi, em São Paulo
Quarta, 7 de abril
Santo André, pelo Paulista
Barão de Serra Negra, Piracicaba

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