A demissão de Muricy causou bastante impacto.
Entre meus amigos são-paulinos, há os aliviados e os indignados.
Nos comentários do blog, notei o mesmo.
Talvez seja reflexo da ambigüidade nas campanhas.
Três títulos no torneio mais importante do país em 3 participações, o polêmico vice do Inter em 2005 (o dos jogos anulados), as perdas das 4 Libertadores, as 3 últimas com times formados por ele que não jogaram bom futebol.
Me chamou uma cena ontem.
Após o jogo fui comprar pizza num tradicional restaurante napolitano, reduto palestrino.
N frente, uma simpática senhora com cerca de 60, 70 anos teve o seguinte diálogo com o manobrista que lhe entregava o carro.
“Uma pena que nosso São Paulo não ganhou hoje”
Ele tinha visto o adesivo do time no vidro de atrás do automóvel e brincou com a cliente.
Ela respondeu: “Não sou são paulina. Sou corintiana. O carro é do meu filho e fica comigo. Ando o tempo todo com ele e não ligo para o adesivo”.
“Então a senhora gostou do jogo de hoje”, ele perguntou?
A falante e expressiva mulher, no mesmo planeta, contudo no mundo diferente do interlocutor, olhou bem nos olhos dele, franziu a testa e devolveu a pergunta:
“Que jogo”?
E escutou: “Seu Corinthians ganhou do meu São Paulo”.
Ela nem perguntou o resultado e começou a falar mexendo as mãos de cima para baixo de forma frenética e brusca, com dedo indicador em riste e cabeça erguida:
“Olha…Achei uma cafajestagem o que fizeram com o Muricy…”
E desceu a lenha na cartolagem do Morumbi.
Aquilo me divertiu e chamou a atenção.
Mostra bem o clima pós Muricy.
Ricardo Gomes entra pressionado.
Até provar o contrário, é inferior ao antecessor.
Não foi a escolha mais “segura”.
E creio, se for mal, as críticas serão direcionadas à cartolagem do clube.
O principal foco será o presidente Juvenal Juvêncio.
Com razão.
No Morumbi, “só a caneta dele tem tinta”.
Responsável pela montagem do time campeão do mundo, contratação e demissão de Muricy, Juvenal tem grande influência em tudo que se passa no futebol do clube.
A pressão de quem está ao lado dele não pesa tanto.
Para ser bem claro, ele costuma escutar e concluir, não ceder.
Avaliou que Muricy Ramalho não conseguia tirar do elenco e dos jogadores de base o futebol que eles podem apresentar.
E apostou em Ricardo Gomes para fazer isso.
Corre risco de não dar certo.
O novo treinador pega o time em situação bem pior que a do início de Muricy.
O tricampeão brasileiro, no início de 2006 herdou a equipe campeã da América e do Mundo.
Ricardo Gomes pega o time em crise no meio da temporada.
A passagem de Muricy foi marcada por sucesso no torneio nacional e se espera o mesmo de Ricardo Gomes.
Hoje, o elenco do Internacional é melhor que o do São Paulo. O Corinthians é forte. O Palmeiras também. O Cruzeiro é competitivo. O Grêmio costuma complicar… O Santos pode crescer… Fluminense e Flamengo também. Tem o Galo…
Este torneio é o mais difícil dos últimos anos.
E não tem jeito.
Independentemente disso e de qualquer outra coisa, se o São Paulo não for bem, a saída de Muricy será considerada pela opinião pública a razão.
Bem mais que a escolha de Ricardo Gomes.
E se fizer bom campeonato, a estrutura, elenco e outras virtudes, a chamada “organização são-paulina” serão o motivo do crescimento de Ricardo Gomes.
Ou a direção são-paulina, ou Muricy Ramalho, um deles ganhará o braço de ferro silencioso que disputam em 2009.
E a opinião pública cobrará.
Observação
Ricardo Gomes é casado com a mesma mulher desde os tempos de Fluminense. São amigos desde os tempos de escola. Não é casado coma filha de Ricardo Teixeira, tal qual muita gente está comentando.
Entre meus amigos são-paulinos, há os aliviados e os indignados.
Nos comentários do blog, notei o mesmo.
Talvez seja reflexo da ambigüidade nas campanhas.
Três títulos no torneio mais importante do país em 3 participações, o polêmico vice do Inter em 2005 (o dos jogos anulados), as perdas das 4 Libertadores, as 3 últimas com times formados por ele que não jogaram bom futebol.
Me chamou uma cena ontem.
Após o jogo fui comprar pizza num tradicional restaurante napolitano, reduto palestrino.
N frente, uma simpática senhora com cerca de 60, 70 anos teve o seguinte diálogo com o manobrista que lhe entregava o carro.
“Uma pena que nosso São Paulo não ganhou hoje”
Ele tinha visto o adesivo do time no vidro de atrás do automóvel e brincou com a cliente.
Ela respondeu: “Não sou são paulina. Sou corintiana. O carro é do meu filho e fica comigo. Ando o tempo todo com ele e não ligo para o adesivo”.
“Então a senhora gostou do jogo de hoje”, ele perguntou?
A falante e expressiva mulher, no mesmo planeta, contudo no mundo diferente do interlocutor, olhou bem nos olhos dele, franziu a testa e devolveu a pergunta:
“Que jogo”?
E escutou: “Seu Corinthians ganhou do meu São Paulo”.
Ela nem perguntou o resultado e começou a falar mexendo as mãos de cima para baixo de forma frenética e brusca, com dedo indicador em riste e cabeça erguida:
“Olha…Achei uma cafajestagem o que fizeram com o Muricy…”
E desceu a lenha na cartolagem do Morumbi.
Aquilo me divertiu e chamou a atenção.
Mostra bem o clima pós Muricy.
Ricardo Gomes entra pressionado.
Até provar o contrário, é inferior ao antecessor.
Não foi a escolha mais “segura”.
E creio, se for mal, as críticas serão direcionadas à cartolagem do clube.
O principal foco será o presidente Juvenal Juvêncio.
Com razão.
No Morumbi, “só a caneta dele tem tinta”.
Responsável pela montagem do time campeão do mundo, contratação e demissão de Muricy, Juvenal tem grande influência em tudo que se passa no futebol do clube.
A pressão de quem está ao lado dele não pesa tanto.
Para ser bem claro, ele costuma escutar e concluir, não ceder.
Avaliou que Muricy Ramalho não conseguia tirar do elenco e dos jogadores de base o futebol que eles podem apresentar.
E apostou em Ricardo Gomes para fazer isso.
Corre risco de não dar certo.
O novo treinador pega o time em situação bem pior que a do início de Muricy.
O tricampeão brasileiro, no início de 2006 herdou a equipe campeã da América e do Mundo.
Ricardo Gomes pega o time em crise no meio da temporada.
A passagem de Muricy foi marcada por sucesso no torneio nacional e se espera o mesmo de Ricardo Gomes.
Hoje, o elenco do Internacional é melhor que o do São Paulo. O Corinthians é forte. O Palmeiras também. O Cruzeiro é competitivo. O Grêmio costuma complicar… O Santos pode crescer… Fluminense e Flamengo também. Tem o Galo…
Este torneio é o mais difícil dos últimos anos.
E não tem jeito.
Independentemente disso e de qualquer outra coisa, se o São Paulo não for bem, a saída de Muricy será considerada pela opinião pública a razão.
Bem mais que a escolha de Ricardo Gomes.
E se fizer bom campeonato, a estrutura, elenco e outras virtudes, a chamada “organização são-paulina” serão o motivo do crescimento de Ricardo Gomes.
Ou a direção são-paulina, ou Muricy Ramalho, um deles ganhará o braço de ferro silencioso que disputam em 2009.
E a opinião pública cobrará.
Observação
Ricardo Gomes é casado com a mesma mulher desde os tempos de Fluminense. São amigos desde os tempos de escola. Não é casado coma filha de Ricardo Teixeira, tal qual muita gente está comentando.
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