Uma tuitada do ex-presidente da República Lula colocou Raí em situação extremamente delicada dentro do São Paulo. É que o diretor-executivo de futebol já havia queimado seu filme dentro do Conselho Deliberativo do Tricolor na semana passada, depois de chamar algumas atitudes de Jair Bolsonaro de irresponsáveis e cogitar uma renúncia do atual presidente.
O assunto, porém, acabou esfriando durante o fim de semana. Porém, com a mensagem no Twitter de apoio de Lula a Raí, diversos conselheiros se revoltaram. Lula escreveu: “Nunca é tarde para enaltecer um grande gesto. Meu abraço ao Raí. Você mostrou que tem o mesmo DNA do Doutor Sócrates. Não se muda a realidade sem ter opinião política”.
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Foi o estopim. Desde o início da tarde, membros do CD do São Paulo passaram a pressionar o presidente Leco. Odair Busoli chegou a criar um requerimento e tenta colher o máximo de assinaturas possível para cobrar uma retratação pública do diretor-executivo.
No entanto, outros conselheiros exigem a demissão sumária de Raí, sob a alegação de que, como funcionário remunerado do São Paulo, ele fere o estatuto do clube ao emitir opiniões políticas que nada dizem respeito ao São Paulo. “Essa declaração do Raí é um claro sinal de que o São Paulo não tem comando”, afirma Denis Ormrod, um dos conselheiros mais ativos no Morumbi.
Apesar da pressão, Leco já avisou que não pretende tomar qualquer atitude contra seu diretor-executivo de futebol. Mas até pessoas bem próximas ao presidente condenaram o depoimento de Raí.
Mais lenha na fogueira: O embate envolvendo Raí, Bolsonaro e Lula também repercutiu no Morumbi depois que Caio Ribeiro e Casagrande discutiram durante o programa “Bem Amigos”, do Sportv, na última segunda-feira. Caio havia criticado na semana passada Raí. Casagrande usou seu espaço no programa para defender o executivo.
O fato de Caio ser filho de Dorival Decoussau, um conselheiro influente dentro do São Paulo, fez a repercussão ser ainda maior no clube. “Nem eu, nem o Caio misturamos política com futebol. Qualquer pessoa, minimamente esclarecida, viu que não se quer essa polarização”, explicou Dorival, em contato com o Blog. “E a questão do Raí pertence à diretoria executiva e não ao conselho”, finalizou.
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