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Dôssie Jadson

Contratado pelo São Paulo por 4 milhões de euros, o armador chegou ao Morumbi com a expectativa de solucionar o setor criativo do tricolor, no entanto, passados pouco mais de 6 meses desde sua contratação, a torcida são paulina viu mais um jogador aquém do esperado e a dúvida que fica é se Jadson pode mesmo render um futebol convincente e decisivo para o restante dessa temporada.
Apesar de ter sido revelado no Atlético Paranaense foi no clube ucraniano Shakhtar Donetsk que Jadson ganhou projeção internacional ao ganhar cinco campeonatos ucranianos e uma Copa da UEFA, atual Liga Europa. Mesmo atuando em um campeonato fraco e de pouca visibilidade, Jádson recebeu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira em 25 de janeiro de 2011, aos 27 anos. Sob o comando do técnico Mano Menezes, foi chamado para um jogo amistoso entre Brasil e França. Ainda com o desprestígio que a seleção nacional enfrenta atualmente, o fato é que Jadson teve seu talento e qualidade reconhecidos de longe, brilhando em um pequeno ponto de luz convergente em meio às volumosas e bizarrentas terras ucranianas.
Enfim, passados 7 anos no leste europeu era hora de voltar para o Brasil e foi no São Paulo que Jadson viu as portas se abrirem para o seu retorno. As negociações foram intensas durando semanas a fio, quase chegou a não concretização do acerto entre os times, na época, vários clubes brasileiros, inclusive o São Paulo, inflacionaram o mercado pela aquisição de Walter Montillo e os ucranianos usando isso como argumento, tentaram impor uma rescisão multimilionária sobre o negócio para não verem sua estrela e ídolo maior do clube sair de Donetsk. O final, porém, foi à vinda do jogador para o São Paulo e a promessa de dias melhores.
No primeiro semestre de 2012, sob o comando de Émerson Leão, Jádson estreou pelo tricolor paulista em 5 de fevereiro, na partida válida pela 4ª rodada do paulistão 2012, em jogo que o São Paulo venceu a Ponte Preta por 3 a 1 e marcou seu primeiro gol no jogo contra o Bragantino, de pênalti no empate por 3 a 3. Jadson enfrentou um longo período de adaptação do inverno impiedoso da Ucrânia para o verão candente do Brasil e colecionando atuações abaixo da média viu seu time acumular fracassos significativos como nas eliminações das semifinais do Paulista e Copa do Brasil que contribuiu inclusive para a saída de Leão no fim do 1° semestre.
Agora com a chegada de Ney Franco no comando técnico da equipe, Jadson tem a chance de desencantar e mostrar um futebol mais regular do que foi no início do ano. Qualidade para tanto ele já provou que tem, com assistências perfeitas, passes milimétricos, cruzamentos centralizados e uma exímia especialidade na bola parada, mas o saldo até aqui está no negativo seja por conta da sua falta de poder de decisão ou do esquema tático, que nunca existiu no antigo comando. A verdade é que se o treinador conseguir ajustar o time de modo que Jadson tenha liberdade para atuar no meio-campo e se algumas peças operarem a favor do armador, ele pode ser decisivo para a campanha do São Paulo no campeonato brasileiro, levando o time de volta às glorias do passado, contudo, o jogador é uma incógnita e seu futuro vestindo a camisa do tricolor pode ser brilhante, porque tem categoria para tanto, ou medíocre, podendo ser rotulado de pipoqueiro e sentir a fúria da torcida. Qual Jadson nós veremos daqui pra frente? Isso só o tempo dirá...


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