Na terça-feira, 23 de outubro, um requerimento com 57 assinaturas foi protocolado no São Paulo Futebol Clube solicitando a convocação de uma reunião extraordinária para discutir a destituição e a perda de mandato do presidente Julio Casares. O movimento marca uma escalada na crise política vivida pelo Tricolor fora de campo e pode provocar uma mudança significativa no comando do clube.
O documento foi apresentado por conselheiros ligados à oposição e reúne assinaturas suficientes para obrigar o Conselho Deliberativo a convocar a reunião. Caso o afastamento seja aprovado, o vice-presidente Harry Massis assumirá interinamente a presidência do São Paulo. Importante destacar que, mesmo em caso de destituição do presidente, o mandato do vice não é automaticamente afetado.
Aos 80 anos, Harry Massis ocupa o cargo de vice-presidente desde 2021 e participou da primeira gestão de Casares. Sua história com o São Paulo é longa: ele é sócio do clube há 61 anos e conselheiro vitalício, tendo exercido diversas funções políticas ao longo das décadas. Entre elas, foi diretor adjunto de futebol entre 2001 e 2002, período em que acompanhou de perto o surgimento de Kaká no elenco profissional, culminando na conquista do Torneio Rio-São Paulo de 2001.
Além da trajetória no futebol, Massis é empresário e proprietário do Hotel Massis, em São Paulo, além de atuar em outros empreendimentos ligados ao setor de garagens e estacionamentos. Seu nome surge como peça-chave em um possível cenário de transição no comando do clube.
Com o número mínimo de assinaturas alcançado, Olten Ayres, presidente do Conselho Deliberativo do São Paulo, terá prazo de até 30 dias para convocar a reunião extraordinária. Caso isso não ocorra dentro do período estipulado, a responsabilidade passa automaticamente ao vice-presidente do Conselho, João Farias Júnior, que também ficará obrigado a realizar a convocação.
Na reunião, o processo de afastamento dependerá da aprovação de dois terços dos votos dos conselheiros. Se esse quórum for atingido, Julio Casares será afastado do cargo, mas a destituição definitiva só ocorrerá após ratificação em Assembleia Geral, com votação dos sócios do clube. Vale ressaltar que votações relacionadas a punições são realizadas de forma secreta. Das 57 assinaturas protocoladas, 44 pertencem à chapa de oposição “Salve o Tricolor Paulista”, enquanto as outras 13 vieram do grupo da Situação.
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