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Grupo 3: brasileiros pegam arsenal de tiro fraco e time forte (só) no nome

Atlético-MG e São Paulo são os grandes favoritos da chave, que também tem o Arsenal, da Argentina, e o The Strongest, da Bolívia

Arsenal vem tendo sucesso na Argentina, mas sem repetir na Libertadores (Foto: Reprodução / Olé)

Um tem nome de fábrica de armas. O outro diz que é o mais forte. Mas não é bem assim. Arsenal, da Argentina, e The Strongest, da Bolívia, são azarões no Grupo 3, protagonizado por Atlético-MG e São Paulo, que já se enfrentam nesta quarta-feira, às 22h, no Independência, em Belo Horizonte. Os estrangeiros duelam um dia depois.

Os argentinos de Sarandí tentam se consolidar como nova força do país. Em território nacional, até que vêm tendo algum sucesso, mas não conseguem repetir na Libertadores - porém, já ganharam a Sul-Americana. O Arsenal disputa o principal torneio continental pela terceira vez. Nas anteriores, enfrentou o Fluminense. E fracassou.

The Strongest, em inglês, significa "o mais forte". Mas a real força do clube boliviano está na altitude de 3.600m. Tecnicamente, não é grande ameaça aos brasileiros.




Lisandro López, zagueiro e destaque do Arsenal(Foto: Divulgação, Arsenal de Sarandí)

O Arsenal está longe de ser um Boca Juniors, um River Plate, um Estudiantes. Mas vem alcançando certa notoriedade na Argentina. Nos últimos anos, passou a incomodar dentro de seu país e começou a mostrar a cara continentalmente. Ganhou a Sul-Americana em 2007 e agora vai para sua terceira Libertadores.

Nas duas participações anteriores, morreu já na primeira fase. E padeceu contra um brasileiro, o Fluminense, em ambas. Em 2008, até ganhou em casa, por 2 a 0, mas foi goleado por 6 a 0 no Rio de Janeiro. No ano passado, perdeu as duas: 1 a 0 no Brasil, 2 a 1 na Argentina.

É um clube de pouca torcida, que joga em um estádio acanhado e que tem um time mais propenso a defender do que a atacar. Teve campanha razoável no Torneio Inicial, na Argentina. Ficou em sétimo. Ganhou o Clausura em 2012.

Fique de olho: o jogador mais destacado da equipe de Sarandí é o zagueiro Lisandro López. A firmeza por baixo e a soberania em jogadas aérea já levaram o atleta de 23 anos à seleção. Costuma fazer gols, especialmente de cabeça.

Resultados recentes: estreou no Torneio Final, na Argentina, com empate por 1 a 1 com o Unión. Antes, foi bem em amistosos de início de temporada. Venceu o Racing por 1 a 0, superou o Berazategui por 2 a 1, fez 2 a 0 no Acassuso, empatou por 1 a 1 com o Banfield, bateu o Tristán Suárez por 3 a 1.

Efeito caldeirão: joga no estádio Julio Humberto Grondona, pequeno, com capacidade para pouco mais de 16 mil pessoas. Como a torcida não é das maiores, a pressão é pequena.

Opinião: "O forte da equipe é o contra-ataque. Joga assim mesmo em casa. Seus pontos fortes são o goleiro Campestrini, muito seguro, que já esteve na seleção com Maradona; o zagueiro central Lisandro López, que tem jogo aéreo muito bom e acaba de ser eleito o melhor jogador de 2012 pelo Círculo de Jornalistas Esportivos (da Argentina); o volante central Ortiz, uma referência muito inteligente; e Carbonero, um meia pela direita, muito veloz, que ajuda o ataque" (Juan Pablo Méndez, jornalista do diário argentino "Olé").




Pablo Escobar, atacante do Strongest(Foto: Marcelo Hazan / globoesporte.com)

The Strongest é uma expressão em inglês. Traduzida, significa "o mais forte". Mas apenas na teoria. As participações na Libertadores costumam mostrar que o time boliviano não tem a maior das forças. Em 19 campanhas, só passou duas vezes da primeira fase, em 1990 e 1994 - morreu nas oitavas de final em ambas.

O real poder do clube está na altitude de La Paz. O estádio Hernando Siles fica 3.600m acima do nível do mar. Costuma faltar ar aos adversários pouco acostumados ao clima. Em 2000, os bolivianos fizeram 5 a 1 no Juventude e 4 a 2 no Palmeiras lá. Em 2006, aplicaram 1 a 0 no Goiás. Já o Corinthians, em 2003, conseguiu ganhar na altitude por 2 a 0. O São Caetano, em 2004, venceu pelo mesmo placar. Em 2005, o São Paulo empatou por 3 a 3. No ano passado, Santos e Inter caíram no grupo do The Strongest. E não conseguiram ganhar lá. O Peixe levou 2 a 1, e o Colorado empatou por 1 a 1.

Fique de olho: o atacante Pablo Escobar é a maior aposta do clube boliviano. Aos 33 anos, é um velho conhecido dos brasileiros. Por aqui, defendeu Ipatinga, Santo André, Mirassol, Ponte Preta e Botafogo-SP. Jogador de boa conclusão, teve repetidas chances na seleção de seu país. No ano passado, fez dois gols na vitória de 3 a 1 sobre o Paraguai e depois disse que não jogaria mais pela Bolívia, alegando questões pessoais.

Resultados recentes: vem tendo péssimos resultados no campeonato local. Em janeiro, não venceu nenhuma: perdeu de 3 a 2 para o Nacional Potosí, de 4 a 0 para o Universitário de Sucre e de 2 a 1 para o Oriente Petrolero, além de um empate por 0 a 0 com o San José. Em fevereiro, empatou por 1 a 1 com o Jorge Wilsterman.

Efeito caldeirão: o estádio Hernando Siles é grande. Tem capacidade para mais de 40 mil pessoas. A pressão não é problema. A dificuldade está mesmo na altitude, com os 3.600m acima do nível do mar.

Opinião: "Sua grande qualidade é a garra que o time tem. Reverte partidas adversas graças à atitude. O defeito é ter um elenco brigado com o treinador e que não chega em seu melhor momento à Libertadores. Os atacantes não estão sendo efetivos" (Marco Mejia, jornalista do diário boliviano Pagina Siete).

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