Depois que a Copa é perdida todo mundo desanda a falar, mas ninguém toma providência.

Ricardo Teixeira desde que conquistou o direito de sediar a Copa-2014 navega por mares tranquilos como se fosse um verdadeiro presidente sem pasta deste país.

Cheguei a ouvir há tempos atrás que ele era o homem mais poderoso do Brasil.

O que pedisse seria atendido e ai daqueles que ficasssem contra suas intenções ou contra a sua Copa.

Afinal, o homem trouxe o evento mais importante do futebol mundial para essas paragens.

Mandava e desmandava e continua na mesma toada. Era e é o intermediário da Fifa em solo nacional.

Menos impostos para a Fifa, mais obras para Aeroportos, superfaturadas ou não, mais estádios a qualquer custo e que se dane o resto.

Agora perceberam que Teixeira é um ditador com voto há mais de 20 anos à frente da Confederação Brasileira de Futebol.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs ontem quando chegava a Tanzânia, segundo a Folha de São Paulo, que a CBF deve ter renovação do poder.

Percebeu também que não é saudável uma mesma pessoa ocupar o mesmo posto por muito tempo.

Sempre pensei assim. O sujeito acaba ficando dono e acha que sem ele nada anda.

Às vezes não é nem por maldade, nem por interesse escuso, é por achar que só ele sabe tomar conta mesmo.

Não sei se esses são os casos de Teixeira, desconfio que não.

Lula disse que na sua época de Sindicato ele só podia ficar oito anos no máximo. Depois vinha outro.

Ninguém pode ficar tanto tempo e mais do que isso, ninguém tem direito de ficar tanto tempo no poder de uma empresa que não é sua.

Até que se prove o contrário é de todos os brasileiros representados por clubes, Federações e Ligas amadoras.

E depois o cargo não é remunerado. Por que tanto apego ao poder? Dá para desconfiar mesmo.

Isso devia valer para todo o mundo esportivo. O Sr. Nuzman é outro que se assenhorou do cargo e está lá por “diletantismo” há mais de 30 anos.

Quando falam que deve sair, há uma corrente que diz que ele deu muito para o esporte, deu a sua vida para o esporte olímpico.

Se deu, deixe o outro dar também. Mesmo quando um presidente elege o seu sucessor, alguém que tem a mesma orientação administrativa e política, algo já muda.

Pois um é sempre diferente de outro e tem novas idéias.

Pode até ser pior, mas se for o caso tendo eleições regularmente se muda de novo.

Eu prefiro assim do que o poder continuado na mão de uma mesma pessoa que fica dona de tudo e quer morrer na função.

Isso deveria valer para presidente de Federações, Clubes, Ligas e é claro CBF e Comitê Olímpico Brasileiro.

São todos cargos não remunerados e os caras não querem sair de jeito nenhum. Por que será?

Sou contra intervenção do governo em vários setores da economia e da sociedade.

Acho que o governo é apenas um supervisor do país, mas há situações em que ele tem que se meter sim.

Segurança Pública, Educação e Saúde são pilares importantes demais para deixar nas mãos dos “mercantilistas” de ocasião.

Já que cobram tantos impostos deviam cuidar bem pelo menos disso. O resto nos arranjamos.

Mas já estou achando que o esporte devia se transformar em bem nacional e ter uma lei para acabar com esses desmandos todos.

Até porque quando dá errado todos pagam.

E quando a CBF convoca a Seleção ela faz questão de dizer que é a Seleção do Brasil e gosta de contar com apoio governamental por trás.

Aliás, a CBF vendeu jogos da Seleção para uma empresa árabe e nem joga mais aqui.

É um alto negócio. Não tem jogador, tem poucos funcionários e vende um time a peso de ouro.

Para quem vai esse dinheiro? Será que a CBF precisa de tanto assim?

Está na hora de dar um basta nisso. Mas é preciso muita coragem. Essa gente tem muito poder nas mãos.