O presidente do São Paulo, Julio Casares, compartilhou detalhes sobre a negociação com o empresário grego Evangelos Marinakis, que busca investimento nas categorias de base do clube. Embora Marinakis seja considerado um potencial comprador da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco da Gama, ele parece também interessado em colaborar com o Tricolor em sua formação de atletas. Casares comentou: “O Marinakis esteve no Brasil, estive com ele, estive lá em Londres três dias e meio. Algumas pessoas pensaram que eu estava de férias, mas eu estava trabalhando. Fizemos seis reuniões, não apenas com ele, mas também com outros executivos significativos.”
Casares destacou que a proposta não envolve a venda das categorias de base, descrevendo-as como um patrimônio vital do São Paulo. O foco é estabelecer um acordo operacional que permita ao investidor não apenas injetar dinheiro, mas também participar ativamente do processo de formação dos jogadores. “O mais importante é entender que esse quadro já inclui a participação de empresários. Os clubes que formam devem ter uma maior fatia dos direitos econômicos dos jogadores,” afirmou.
Um dos desafios enfrentados pelo São Paulo é a já comprometida parte dos direitos econômicos dos jovens atletas, o que limita os lucros do clube ao vender esses jogadores. “Com a entrada desse investidor, nossa capacidade de recrutamento, através de nossos scouts e conexões com a Premier League, pode aumentar significativamente. Estamos almejando capturar até dez jogadores por ano, o que pode transformar a receita e a performance esportiva do clube,” acrescentou Casares.
Outro desafio mencionado por Casares foi a questão financeira, que impede o clube de competir no mercado de base, onde outras equipes estão fazendo avanços significativos em reconhecimento a jovens talentos. “O São Paulo será inovador e fará algo inédito. O tempo da base era de produzir jogadores sem garantias. Hoje, é preciso ter capital para operar nesse setor antes mesmo da formação profissional,” explicou.
Além da provável parceria com Marinakis, o presidente também comentou que, caso o clube decida se tornar uma SAF, o empresário grego seria priorizado nas discussões. “Ele vem com essa expectativa, e, claro, se um dia a instituição considerar a SAF, ele terá a preferência de ser ouvido primeiro,” finalizou Casares. O presidente acredita que essa cooperação esportiva teria um impacto positivo significativo, permitindo ao São Paulo um novo capítulo em sua trajetória diante do mercado do futebol.
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