A possibilidade de o São Paulo contratar o jogador Oscar como reforço principal para a temporada de 2025 parece estar se distanciando. As negociações para sua contratação esfriaram, e a diretoria do clube agora deve concentrar suas atenções em um "plano B" para atender uma das principais solicitações do técnico Luis Zubeldía. Oscar, que tem vínculo com o Shanghai Port da China até o final deste ano, ficará livre no mercado em janeiro. No entanto, o atleta optou por não dar continuidade às conversas com o São Paulo, citando questões de ordem pessoal como motivo de sua decisão.

Embora a negociação atual não esteja mais nos planos, a ideia de Oscar retornar ao São Paulo em um futuro próximo ainda não foi completamente descartada. O jogador nutre um profundo carinho pelo clube, possui familiares tricolores e tem o desejo de reescrever sua história no Morumbi, especialmente após a saída traumática que teve em 2010.

Para entender melhor a relação conturbada entre Oscar e o São Paulo, é preciso relembrar o episódio que ocorreu no final de 2009, quando o jogador entrou na Justiça contra o clube. Naquela época, ao completar 16 anos, Oscar alegou ter sido coagido a assinar um contrato de cinco anos, uma prática que não é respaldada pela Fifa, que limita contratos para jogadores menores de 18 anos a no máximo três temporadas.

Devido a essa situação, Oscar obteve vitória na Justiça em primeira instância, mas o clube rapidamente conseguiu cassar a liminar, reestabelecendo o vínculo do atleta. No entanto, em junho de 2010, o São Paulo acabou não conseguindo segurar Oscar, que já havia anulado seu contrato e se transferido para o Internacional. A controvérsia, porém, não terminou por aí. O São Paulo continuou a litigar judicialmente, e em fevereiro de 2011, o tribunal decidiu a favor do clube paulista, fazendo com que o contrato de Oscar voltasse a ter validade.

Após essa decisão, o Internacional finalmente procurou o São Paulo para negociar a compra dos direitos econômicos do jogador. Depois de intensas negociações, o time colorado concordou em pagar R$ 15 milhões para resolver a situação e encerrar de vez a disputa legal entre os clubes.