O retorno aos gramados no duelo com o Fluminense não encerrou completamente a recuperação de Rogério Ceni da cirurgia no tornozelo esquerdo. Como a volta do capitão aconteceu em um período considerado curto para este tipo de caso (quatro meses), o ídolo tricolor ainda tem de conviver com as dores e manter trabalhos específicos no Reffis.

"As pessoas pensam que você volta de uma contusão assim como se não tivesse acontecido nada. Mas, se não fizesse gelo depois do jogo e mais uma série de coisas, não conseguiria trabalhar amanhã (quinta). Só para este jogo colocamos uma proteção tão forte com esparadrapo que a pele chegou a sair sangue", explicou.

No dia de seu retorno aos gramados, Rogério Ceni acordou às 10 horas, na concentração do São Paulo no CT da Barra Funda, e seguiu direto para o Reffis, onde passou por tratamento. Em seguida, almoçou e descansou em seu quarto, até o momento de voltar para a fisioterapia, às 17 horas, quando realizou um trabalho de preparação específica para a partida. Mais tarde, com frio na barriga, entrou com o restante do elenco no ônibus para o Morumbi.

"Fiquei um pouco apreensivo na hora em que saímos do CT. Aos 36 anos, nunca tinha vivido essa situação de voltar depois de uma contusão séria. Tinha a preocupação com o que iria acontecer, mas conseguimos a vitória importante", comentou.

Como precisou fazer tratamento com gelo após o jogo da noite de quarta-feira, Ceni só deixou o Morumbi depois da 1 hora da madrugada desta quinta. Mesmo assim, a recuperação ainda não acabou.

"Eu sigo o tratamento em casa para amanhã (quinta) voltar ao CT antes do meio-dia. Sinto dores naturais por uma lesão da gravidade que foi e poderia ficar esperando por mais três meses para retornar sem dor. Eu estaria recebendo salário da mesma forma, mas gosto muito de jogar futebol", finalizou.

O restante do elenco só se reapresentará no CT da Barra Funda às 15h30. Porém, Ceni precisa fazer o tratamento antes no Reffis para ter condições de treinar com os demais atletas.