Agnello Souza, conhecido olheiro e empresário do futebol, decidiu entrar na Justiça contra o São Paulo Futebol Clube visando a compensação de R$ 1,9 milhão relacionada à transferência do atacante Helinho para o Red Bull Bragantino, ocorrida em 2022. A ação é pública e tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Ex-jogador e treinador, Agnello foi responsável pela descoberta de talentos como Helinho e Éder Militão em sua escola de formação, a "Camisa 10", localizada em Sertãozinho, São Paulo. O olheiro reivindica que, quando ambos foram contratados pelo São Paulo, foi celebrado um contrato de cessão de direitos, que incluía uma cláusula de 5% da venda em caso de transferência dos jogadores para outros clubes.

No caso de Éder Militão, que foi vendido ao Porto, de Portugal, em 2018, Agnello recebeu a porcentagem de forma amigável, através de um acordo extrajudicial. No entanto, conforme destaca o empresário, a mesma cordialidade não se repetiu na negociação envolvendo Helinho. Após a transferência deste para o Bragantino e subsequente mudança para o Toluca, do México, Agnello já notificou o São Paulo duas vezes por meio de seus advogados, mas não obteve resposta.

“Decidimos ajuizar a ação requerendo o direito adquirido dos 5% que o São Paulo cedeu via contrato”, explicou Agnello. O atacante Helinho foi comprado pelo Bragantino por R$ 24 milhões em janeiro de 2022, e em setembro deste ano, se transferiu para o Toluca em uma negociação estimada em R$ 84 milhões.

Agnello argumenta que a cessão de direitos é um aspecto futuro e condicionante, afirmando que seu recebimento estava atrelado à formação do atleta no clube e sua transferência. O empresário se mostrou aberto à possibilidade de negociar amigavelmente, caso o São Paulo demonstre interesse. A reportagem também buscou um posicionamento do clube, que optou por não comentar sobre ações judiciais em andamento.