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Dirigente são-paulino lembra que só "linha-dura" recupera Adriano

Adriano é motivo de controvérsias nos clubes em que passa

Linha dura. Talvez esta seja a diferença de tratamento do São Paulo comparado ao Flamengo quando o assunto é Adriano. No culbe paulista, o atacante, sob um regime menos paternalista, apresentou rendimento compatível aos bons tempos de Inter de Milão. No Rio, o atacante só brilhou de verdade quando se viu obrigado a ficar concentrado - marcou três gols na goleada de 4 a 0 sobre o Internacional depois de uma semana confinado em Teresópolis. Neste domingo, às 16h (de Brasília), Adriano enfrenta pela primeira vez o ex-clube, no Morumbi. A julgar pelo trabalho forte ao longo da semana, o técnico Cuca acredita que ele poderá fazer a diferença novamente.

"Vejo nele uma evolução muito grande. Ele trabalhou muito bem. E quando a semana é boa, ele joga bem. Semana boa é prenúncio de bom jogo", observou Cuca.

Dos quatro gols marcados no Campeonato Brasileiro, um foi na estreia, contra o Atlético-PR, e três diante do Internacional. Em pouco mais de um mês no Flamengo, Adriano faltou a três treinamentos, sempre protegido pela diretoria. Em campo, o rendimento ainda não é o esperado. Coincidência ou não, só foi o matador que a torcida tanto espera quando se enquadrou na Granja Comary, com firmeza nos horários e alimentação regrada.

No São Paulo, no primeiro semestre de 2008, o atacante viveu uma lua de mel com a torcida. Marcou 14 gols em 17 partidas - média de 0,82. Marco Aurélio Cunha, superintendente do clube paulista, conta que a passagem de Adriano foi acima das expectativas, mas houve, também, momentos de estresse na relação.

Por duas vezes, o jogador se atrasou. Da primeira vez, o clube minimizou. Quando a indisciplina se repetiu, o clima esquentou. Ao chegar ao centro de treinamento da Barra Funda, o camisa 9 foi impedido de treinar. Quando o superintendente se aproximou do carro dirigido pelo atacante para repreendê-lo, houve discussão e Marco Aurélio chegou a dizer para os jornalistas que no São Paulo "só fica quem quer".

"Isso já foi dito, é um assunto velho, arquivado. Adoramos o Adriano, fomos felizes com ele, mas no São Paulo a regra vale para todos", disse o superintendente, sem querer se estender muito para não motivar o adversário. "O Rogério Ceni, com mais de 800 jogos, é o primeiro a chegar e o último a sair. Não há regalias. Aqui, Adriano se enquadrou e jogou bem".

O episódio custou a Adriano uma retratação pública e multa de 40% no salário. Naquela madrugada, o carro do jogador foi envolvido em uma batida policial, mas Adriano alegou que o carro era dirigido por um amigo.

Uma das justificativas usadas pelo dirigente são-paulino denota a necessidade de confinamento do jogador para se obter resultado. No São Paulo, Adriano foi contratado em dezembro de 2007, apresentou-se em janeiro e participou de todo o período do pré-temporada. Apesar dos deslizes, o jogador entendeu que era preciso mudar e rendeu. No Flamengo, foi integrado ao time no meio da temporada e ainda está longe do auge físico.

Cuca, que conhece o São Paulo de perto - trabalhou lá em 2004 - sabe que são duas formas distintas de se administrar o futebol. Mas o treinador evita polêmica e prefere manter a confiança.

"Ele é um jogador útil ao time. Preocupa o adversário. Estou otimista", comentou Cuca.

As preocupações do técnico são outras. O Flamengo terá seis desfalques - contando com a saída de Ibson. Não jogam Toró, Juan, Emerson, Aírton e Kleberson. Para entrosar a equipe, Cuca comandou três coletivos em três dias.

Fierro, que não começava jogando desde o Fla-Flu do dia 5 de abril, está confirmado. O meia Zé Roberto também. Sua última partida como titular foi na derrota de 1 a 0 para o Internacional, pela Copa do Brasil.

"Acho que é a hora de recuperar a posição e a confiança", disse Zé Roberto.

Sobre Fierro, Cuca credita à adaptação ao futebol brasileiro o baixo rendimento do chileno.

"Estamos tentando colocá-lo na sua real posição. Queremos que ele encontre a melhor forma para se ajudar e ajudar o time", comentou o treinador, adiantando que o meia não terá a função de Ibson.

Cuca faz mistério
Cuca faz mistério. Treinou o time no esquema 3-6-1, mas só vai soltar a escalação na hora do jogo. Isso em razão do suspense de Ricardo Gomes. O treinador do São Paulo diz ter dúvidas na lateral direita, no meio de campo e no ataque. Por já estar desfalcado e enfrentar o adversário fora de casa, Cuca não quis oficializar o time.

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