Rogério Ceni reativou o modo sincerão em sua primeira entrevista coletiva de 2023.
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O treinador do São Paulo acabou com o sonho da torcida sobre o retorno de Lucas Moura, fez mais pedidos por reforços, abriu o jogo sobre a situação financeira da equipe, detalhou o que espera do time nesta temporada e comentou até mesmo sobre o salário milionário de Luis Suárez no Grêmio.
Mas o que essa entrevista sem filtro de Rogério Ceni diz sobre o Tricolor de 2023? O ge resume aqui para você, torcedor, os principais pontos antes da estreia do São Paulo no Paulistão, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), contra o Ituano, no estádio do Morumbi.
Reforços
Até agora, a diretoria do São Paulo contratou seis novos jogadores: Pedrinho, Rafael, Marcos Paulo, Alan Franco, Jhegson Méndez e Wellington Rato. Está bom para Ceni? Ainda não!
Logo no começo da entrevista, o técnico deixou claro que ainda espera da direção mais três reforços. Mas com os pés no chão, sem iludir o torcedor com nomes como Lucas Moura. O jogador, formado em Cotia, e que está de saída do inglês Tottenham, já foi descartado pelo comandante:
– Temos que parar de iludir o torcedor. Ele não vem para o São Paulo agora, ele deve ganhar uma fortuna no Tottenham. Adoraria ter o Lucas aqui, teria faixa de capitão e titular na faixa direita.
Os três reforços que Ceni ainda aguarda para completar o elenco são um lateral-esquerdo, mais um atacante de velocidade e uma alternativa para fazer sombra a Calleri como centroavante.
– Vai ser onde tentamos nos superar. Não é um time com cara de Rogério, como está à frente nas notícias. Estou vendo a realidade, falo a verdade. Estamos em montagem e esperamos conseguir em breve mais reforços – comentou.
– Alguns jogadores foram contratações que pedimos em conjunto, outros são apostas da direção. O Méndez e o Alan Franco são esse casos. Joguei em 2020 contra o Alan Franco quando estava no Fortaleza, agora depende de uma readaptação. No Orlando City, nós já observávamos o Méndez. Alguns foram oportunidades que não estavam no nosso radar por serem bons negócios – disse.
Realidade financeira e o salário de Suárez
Assim como fez ao longo da temporada passada, Rogério Ceni não escondeu a situação financeira do Tricolor em sua primeira entrevista neste ano. O técnico exaltou, sim, a redução da folha salarial anual, entre chegada e saídas (algo entre R$ 20 R$ 25 milhões), mas descartou investimentos mais altos.
Como têm feito os times que adotaram o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol), uma lei que permite aos clubes de futebol virarem empresas. O São Paulo ainda não adotou esse modelo.
Ao falar desses times e dos seus investimentos, Ceni fez uma exclamação ao comentar o salário de Suárez no Grêmio. O uruguaio foi a principal contratação dos gaúchos.
– O Vasco é SAF, o Bahia é SAF, o Botafogo é SAF. Todos estão contratando jogadores. O Fluminense contratou bem, como o Keno. O Santos trouxe o Mendoza, que nós queríamos. O Palmeiras é forte por natureza; o Corinthians conseguiu o Yuri Alberto. Inter e Grêmio...o Grêmio trouxe o Suárez por dois paus (milhões) por mês. Nós fizemos contratações modestas, é um trabalho coletivo – comentou.
– Você vê o Bahia gastar 3 milhões de dólares em jogador, Red Bull Bragantino comprando jogador, Flamengo pagando 7 milhões de euros em um lateral. Não adianta acharem que... mas temos um bom grupo de trabalho. É legal almejar coisas grandes, mas é importante valorizar o que temos. Valorizo o grupo de atletas que tenho – acrescentou Ceni.
Time com a cara de Ceni? Daqui a pouco...
Doze jogadores saíram, seis chegaram e mais três estão por vir. O trio que falta para Ceni completar o álbum de figurinhas do Tricolor para o começo de temporada é que vai dizer ser o treinador conseguirá ou não ter um time com as características que considera ideais.
– Nosso objetivo é ser competitivo, ser transição mais rápida, ainda aguardamos esse tipo de jogador. É diminuir a folha de pagamento, fazer um time pouco mais barato e com fome de vencer. Vai depender dos últimos três reforços, vamos lutar para cada jogo, lutar por cada vitória – assegurou.
De qualquer forma, Ceni não escondeu qual será sua prioridade tática em 2023: proteger a defesa!
– Vou tentar proteger mais a zaga neste ano para sofrermos menos gols do que sofremos no ano passado. Não é impossível que em determinados jogos a gente jogue com três zagueiros – disse.
– Quero que seja um time mais consistente defensivamente. Tentar ser uma equipe de transição mais rápida, mais forte na marcação – resumiu.
O time-base, de acordo com o que foi visto na reta final de 2022 mais os reforços e está no Guia do Paulistão do ge, deve ser: Felipe Alves; Igor Vinicius, Arboleda, Ferraresi e Welington; Pablo Maia e Rodrigo Nestor; Welington Rato, Luciano e Pedrinho; Calleri.
Mas só Ceni sabe realmente como será...
São Paulo, Ceni, Entrevista, 2023, SPFC
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