O São Paulo se prepara para adequar o Morumbi às exigências da Fifa para receber jogos da Copa de 2014, de preferência a abertura. E tem corrido atrás de recursos da iniciativa privada para tornar o sonho possível. O clube admite que ainda precisa de mais investimentos para o projeto. E nega que esteja dando mais atenção ao Mundial do que ao atual time em campo.

- Hoje os atuais parceiros não são suficientes, mas estamos trabalhando forte todos os dias para isso. Vamos seguir as determinações da Fifa dentro de um calendário que não preocupa, mas traz responsabilidades. Tenho certeza de que receberemos a abertura da Copa, e a torcida não vai ficar sem títulos por causa disso. O time vai reverter essa situação em no máximo três ou quatro rodadas - assegurou Júlio Casares, vice de marketing do clube paulista.

Em ação, o São Paulo vai mal. Foi eliminado da Libertadores , está em 14º na tabela do Brasileiro e acabou de trocar de técnico: saiu Muricy Ramalho, entrou Ricardo Gomes. Na última partida, perdeu por 2 a 0 para o Coritiba. Mas Casares exemplificou a situação citando o título da competição continental em 2005, conquistado no mesmo período da construção do CT de Cotia, que hoje abriga as categorias de base do clube.

- O São Paulo não está esquecendo o futebol por causa da Copa. Em 2005, logo depois de o time ter sido campeão da Libertadores, inauguramos o CT de Cotia. E este projeto não atrapalhou em nada a competição. Há um exagero. Os resultados negativos e a troca de comando levantaram esta hipótese de que o clube estaria deixando o futebol de lado, mas isso não tem sentido - acrescentou o dirigente.

O fato de o Tricolor estar perto da zona de rebaixamento também não preocupa Casares. Ele admitiu ainda que uma mudança no elenco possa ser providencial, desde que feita pelo novo técnico e a comissão.

- Não usaria o termo faxina, mas reformulação é necessária sempre. O técnico e a comissão é que vão estudar isso. Mas não há hipótese de rebaixamento. A reação será rápida - completou.