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Garçom, Jorge Wagner admite que pode sair

Meia é cobiçado pelo futebol árabe e pode deixar o clube

Jorge Wagner não é artilheiro, nem veste camisa com número de atacante nas costas. Mas não ouse a pensar que ele não tem importância nos gols do São Paulo. Ao contrário. O jogador de 30 anos, cotado para deixar o Tricolor na janela de transferências de julho, foi o responsável na média por 20,8% dos gols do time nos últimos anos, seja marcando, ou servindo os atletas.

Em 141 jogos, o camisa 7 deu 44 passes que resultaram em gols, o que dá uma média de um a cada três jogos. Além disso, marcou 14 vezes no período. A trajetória, no entanto, pode chegar ao fim em breve. Além de não viver agora o bom momento do passado, o jogador foi sondado por clubes árabes.

Se receber uma boa oferta, que agrade também ao presidente Juvenal Juvêncio, Jorge Wagner está disposto a sair. Além de dois clubes árabes, um do Qatar também quer tirar o camisa 7 do Sampa agora.

– Tive duas experiências no exterior, no Lokomotiv (RUS) e no Bétis (ESP) e não consegui ir bem. Foram frustrantes. Tenho na minha cabeça o desafio de ser importante para um clube do exterior como fui para o São Paulo nestes dois anos e meio que estou aqui – garantiu ele.

O lado financeiro também vai pesar na decisão do jogador, que espera fazer agora o último grande contrato da carreira. Confira a entrevista exclusiva que Jorge Wagner concedeu ao LANCENET! nesta segunda-feira, durante ensaio fotográfico que fez para a Topper, sua patrocinadora pessoal de artigos esportivos. Ele elaborou a primeira chuteira da marca desde a mudança da logomarca, em janeiro.

Como você se sente sendo o responsável, sozinho, por 20% dos gols do time desde que chegou?

O bom para o jogador é se sentir importante. Eu fiquei fora no último mês, na reserva, mas não deixei de me sentir importante. Mesmo fora, eu achei que eu passei uma força legal para os outros jogadores. E isso eu acho importante. Falar para os mais novos como é o clube, a torcida, a função da imprensa. Essas coisas.


A fase agora não está boa. Como fazer isso passar mais rápido?

Nós todos estamos tristes porque as coisas não estão acontecendo. Já estou há um bom tempo no São Paulo e sei que isso só pode ser mudado pelos jogadores e com persistência. Temos de fazer algumas coisas que não vínhamos fazendo antes, talvez trabalhar um pouco mais a musculação, treinar mais faltas... Enfim, trabalhar para que a fase mude logo.

As coisas não estavam dando certo e mudaram o técnico. A partir de agora, se as derrotas continuarem, vai ficar evidente que a culpa vai ser dos jogadores, não acha?

Acho que os maiores culpados por esta fase do time são os jogadores. Acho que, por mais que o técnico trabalhe, os responsáveis mesmo são os jogadores, que correm, lutam e estudam a palestra do time adversário.

Os jogadores conversaram?

Antes da partida contra o Cruzeiro alguns jogadores se reuniram para conversar sobre o jogo. Foi uma conversa para mostrar a importância do duelo. Mas fomos surpreendidos.

Nas três últimas eliminações na Libertadores você estava no elenco, mas ficou na reserva. Ficou mal?

Eu fiquei sem poder fazer nada, mas eu entendi. No primeiro ano eu vinha de lesão e estava chegando. No segundo eu também me machuquei e fiquei no banco contra o Fluminense. Este ano, achei coerente, porque o Muricy escalou o time que foi bem contra o Cruzeiro naquela vitória por 3 a 0. Eu entendi, fiquei na reserva e não pude fazer nada. Mas não teve problema, porque sou de grupo. A única ajuda que eu poderia dar naquela hora era na base da conversa.


Ficou muito triste com a saída do Muricy? Você era considerado um dos homens de confiança dele.

Fiquei bastante chateado, viu. No jogo contra o Corinthians, eu entrei no segundo tempo e a televisão mostrou eu correndo na lateral para entrar no time com a cara fechada. Todos me perguntaram depois o que era aquela fisionomia. Fiquei muito triste com a saída dele e com aquela situação toda naquela semana.

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