Ao ser demitido do São Paulo, Muricy Ramalho deixou duas marcas: o inédito tricampeonato brasileiro consecutivo e um temperamento 'rabugento', com respostas secas e raros sorrisos nas entrevistas. Em seu lugar, o presidente Juvenal Juvêncio anunciou Ricardo Gomes, enaltecendo sua "postura e experiência europeia". Uma semana após sua apresentação, o ex-zagueiro mostrou mais e é até comparado a Carlos Alberto Parreira.
Desde quando chegou ao Morumbi, o novo técnico tem conversado muito com seus jogadores, apostando no trabalho psicológico para recuperar a autoestima de seus atletas. Em sua estreia, na vitória por 2 a 0 sobre o Náutico no sábado, quem estava acostumado a ver Muricy se contorcer e gritar sem parar durante os jogos se surpreendeu com um treinador sereno à beira do campo, ficando de pé o tempo todo e só descruzando os braços para bater palmas de incentivo, chamando o comandado pelo nome.
Além do 'posicionamento' no gramado, Ricardo também tem se diferenciado de seu antecessor nas entrevistas. Se Muricy nem esperava o fim das perguntas que não gostava para criticar o autor, seu substituto limita-se a erguer a sobrancelha ao ouvir algo que não concorda, além de uma série de caretas e o cumprimento de "bom dia" ou "boa tarde" antes das coletivas, diferentemente do antecessor.
"Vejo no Ricardo muito do Parreira. Você vê a educação com que ele responde as perguntas, o jeito que ele fala, a postura nas entrevistas. É muito parecido", comparou o superintendente de futebol tricolor, Marco Aurélio Cunha, com uma ressalva. "Mas ele tem mais ousadia que o Parreira. Fala muito em um jogo vertical, objetivo no ataque."
Parreira e Ricardo Gomes conviveram em três oportunidades. Na primeira, em 1984, o então zagueiro era comandado pelo já treinador no único tÃtulo brasileiro da história do Fluminense. Entre 1992 e 1994, se reencontraram na seleção brasileira - Ricardo só não jogou a Copa do Mundo de 1994 por contusão. O último contato profissional ocorreu em 2003 e 2004, quando o atual técnico do São Paulo estava à frente do time olÃmpico do Brasil e Parreira cuidava da equipe principal.
"Na época em que eu era zagueiro, já trocava informações com o Parreira, mas nem pensava em adquirir nada. Isso nem passa pela sua cabeça quando você é jogador, era só uma conversa. Mas fica marcado. Ele é um grande treinador e eu falava com ele como falei com todos com quem trabalhei", comentou Ricardo Gomes à GE.Net, sem atribuir sua tendência ofensiva a nenhum ex-chefe especificamente. "Esta é uma leitura de jogo minha, vem à cabeça inconscientemente. Vem de toda a minha carreira", argumentou.
A influência do tetracampeão mundial limita-se à parte da filosofia de trabalho, segundo o ex-zagueiro. A postura 'discreta' no gramado é uma necessidade. "Como vou gritar em um estádio com 100 mil pessoas? Quando o jogador passa do meu lado, falo alguma coisa, mas e quem está do lado oposto? Já recebi crÃticas por isso, mas o meu trabalho é durante a semana, tentando antecipar algo para o jogador entrar em campo sabendo o que vai fazer", justificou.
A comparação com Parreira, entretanto, nem sempre é boa, principalmente ao se falar de São Paulo. O atual comandante do Fluminense passou pelo Morumbi em 1996 e deixou o clube sob comentários de problemas de relacionamento com os jogadores. Sem tocar no assunto, Ricardo Gomes prefere seguir Muricy Ramalho em um discurso similar ao "Aqui é trabalho!".
"Tenho a semana de treino toda planejada. Nenhum treino é feito por acaso, todos têm um objetivo. E falei muito pouco com os jogadores antes da estreia para eles não entrarem em campo com a cabeça cheia. Eles têm é que jogar bola, com simplicidade", ensinou o novo treinador, que pede de dois a três meses para poder avaliar bem o desempenho em seu primeiro clube brasileiro desde 2004.
Desde quando chegou ao Morumbi, o novo técnico tem conversado muito com seus jogadores, apostando no trabalho psicológico para recuperar a autoestima de seus atletas. Em sua estreia, na vitória por 2 a 0 sobre o Náutico no sábado, quem estava acostumado a ver Muricy se contorcer e gritar sem parar durante os jogos se surpreendeu com um treinador sereno à beira do campo, ficando de pé o tempo todo e só descruzando os braços para bater palmas de incentivo, chamando o comandado pelo nome.
Além do 'posicionamento' no gramado, Ricardo também tem se diferenciado de seu antecessor nas entrevistas. Se Muricy nem esperava o fim das perguntas que não gostava para criticar o autor, seu substituto limita-se a erguer a sobrancelha ao ouvir algo que não concorda, além de uma série de caretas e o cumprimento de "bom dia" ou "boa tarde" antes das coletivas, diferentemente do antecessor.
"Vejo no Ricardo muito do Parreira. Você vê a educação com que ele responde as perguntas, o jeito que ele fala, a postura nas entrevistas. É muito parecido", comparou o superintendente de futebol tricolor, Marco Aurélio Cunha, com uma ressalva. "Mas ele tem mais ousadia que o Parreira. Fala muito em um jogo vertical, objetivo no ataque."
Parreira e Ricardo Gomes conviveram em três oportunidades. Na primeira, em 1984, o então zagueiro era comandado pelo já treinador no único tÃtulo brasileiro da história do Fluminense. Entre 1992 e 1994, se reencontraram na seleção brasileira - Ricardo só não jogou a Copa do Mundo de 1994 por contusão. O último contato profissional ocorreu em 2003 e 2004, quando o atual técnico do São Paulo estava à frente do time olÃmpico do Brasil e Parreira cuidava da equipe principal.
"Na época em que eu era zagueiro, já trocava informações com o Parreira, mas nem pensava em adquirir nada. Isso nem passa pela sua cabeça quando você é jogador, era só uma conversa. Mas fica marcado. Ele é um grande treinador e eu falava com ele como falei com todos com quem trabalhei", comentou Ricardo Gomes à GE.Net, sem atribuir sua tendência ofensiva a nenhum ex-chefe especificamente. "Esta é uma leitura de jogo minha, vem à cabeça inconscientemente. Vem de toda a minha carreira", argumentou.
A influência do tetracampeão mundial limita-se à parte da filosofia de trabalho, segundo o ex-zagueiro. A postura 'discreta' no gramado é uma necessidade. "Como vou gritar em um estádio com 100 mil pessoas? Quando o jogador passa do meu lado, falo alguma coisa, mas e quem está do lado oposto? Já recebi crÃticas por isso, mas o meu trabalho é durante a semana, tentando antecipar algo para o jogador entrar em campo sabendo o que vai fazer", justificou.
A comparação com Parreira, entretanto, nem sempre é boa, principalmente ao se falar de São Paulo. O atual comandante do Fluminense passou pelo Morumbi em 1996 e deixou o clube sob comentários de problemas de relacionamento com os jogadores. Sem tocar no assunto, Ricardo Gomes prefere seguir Muricy Ramalho em um discurso similar ao "Aqui é trabalho!".
"Tenho a semana de treino toda planejada. Nenhum treino é feito por acaso, todos têm um objetivo. E falei muito pouco com os jogadores antes da estreia para eles não entrarem em campo com a cabeça cheia. Eles têm é que jogar bola, com simplicidade", ensinou o novo treinador, que pede de dois a três meses para poder avaliar bem o desempenho em seu primeiro clube brasileiro desde 2004.
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