Planejamento para 2020: Prioridades

Planejamento para 2020: Prioridades

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A temporada 2019 está se encerrando e, depois de altos investimentos e muitos fracassos (como parece ter sido a regra nos últimos anos), só nos resta buscar a vaga direta na fase de grupos da Libertadores, fugindo da roubada que é encurtar a pré-temporada para ter que jogar a pré-Libertadores (como ocorreu este ano e foi um desastre).

Terminar no G4 é uma tarefa possível, e diria que seria razoável até mesmo buscar a terceira colocação, visto que nada justifica (a não ser o excelente trabalho de Sampaoli) estarmos atrás do Santos, se compararmos os dois elencos. A diferença de pontos é pequena. É hora de os jogadores que querem permanecer como relevantes para a próxima temporada mostrarem trabalho.

Já pensando em 2020 (porque a nova temporada não se começa a planejar em janeiro), quais são os problemas que saltam aos olhos e precisam ser resolvidos para que sejamos competitivos e saiamos dessa fila de sete anos sem títulos?

Primeiro, que ficou evidente ao longo da temporada inteira, é procura entender o que aconteceu com o preparo físico do nosso elenco. É inquestionável que temos sim jogadores de certa qualidade, mas que estiveram na maior parte do tempo muito longe de estarem em boas condições físicas. Sem força não se chega a lugar nenhum em um esporte como o futebol contemporâneo. Basta comparar com o Flamengo e vemos o quão distante estamos. Eles correm muito mais e machucam muito menos (e quando machucam, se recuperam mais rápido). Alguma coisa ocorre.
Não foi um ou outro caso isolado. Foi praticamente todo o elenco que esteve baleado. Pablo começou a temporada voando (quem não lembra dele roubando bola lá na defesa no começo do Paulista), e hoje mal consegue dar um pique de quinze metros sem perder o ritmo. Este ser o ano que o São Paulo menos fez gols na temporada não é à toa. Pablo e Pato pouco jogaram, nunca conseguiram ter uma sequência de jogos. Não são atacantes sem qualidade, mas não tem como ter um bom desempenho com tantas contusões como os dois tiveram nesta temporada.

Outros jogadores importantes também nunca estiveram 100%. Hernanes talvez seja o caso mais emblemático. Nunca foi um jogador veloz e de força física, mas o homem que entrou em campo nesta temporada esteve muito longe de ser um jogador profissional. Não consegue ter a menor intensidade, não tem potência, é facilmente batido e desarmado pelo adversário. Está certo que já é veterano, mas ainda assim ele está muito abaixo do que pode. Talvez até seja mais psicológico do que físico, visto que foi comentado na imprensa que ele esteve com alguns problemas domésticos. De qualquer modo, tem que ser resolvido, pois é um jogador importante e que ainda pode acrescentar ao time, mesmo que não como titular incontestável.

Mas não é nem simplesmente questão de excesso de contusões que acende o alerta para o preparo físico. OK, Rojas já está há mais de um ano sem jogar, e Éverton ficou mais no departamento médico do que em campo. Mas, ainda assim, mesmo os que pouco se contundiram não demonstram força em campo. Não tem potência. Parece que jogam com o freio de mão puxado. Mesmo os jogadores mais jovens, que em teoria deveriam estar voando. Não consigo ver os jogadores do São Paulo aplicando a marcação pressão no campo do adversário que Jorge Jesus exige dos seus atletas no Flamengo. E olha que ele praticamente não poupa ninguém. É visível que nosso time é lento na transição das jogadas em campo porque não tem pernas. O atual treinador, Diniz, até pede marcação em cima, mas o time consegue desempenhá-la por um período muito curto, e no segundo tempo o desempenho cai vertiginosamente.

Em resumo, o primeiro grande problema a ser resolvido é essa manifesta deficiência física que o elenco apresenta. Não adianta ter um grande time no papel se eles não conseguem entregar o que se espera deles em campo.

O segundo grande problema que temos que resolver é treinador. Diniz, queiram ou não, é uma incógnita. Ele veio para tapar buraco até o final do ano. Se conseguir fazer o time apresentar alguma evolução consistente até o final do campeonato, provavelmente ficará no cargo. Aparentemente ele tem respaldo do elenco. Mas isso ele também tinha no Atlético Paranaense (e não evitou que ele fosse mandado embora). Será que ele é o treinador certo para um clube tão grande e há tanto tempo sem conquistar nada de relevante? Será que ele tem a necessária relevância para segurar a pressão que será a proxima temporada, principalmente se os resultados não vierem de imediato (o que é até provável que ocorra)? Rogério Ceni, que é Rogério Ceni, não resistiu. Cuca, que veio como um treinador multicampeão nos últimos anos, também não. Não sei. Fica pendente o desempenho que ele conseguirá tirar desse time nesta reta final de Brasileirão. Se continuar do jeito que está (ao meu ver ainda continua tudo muito igual ao Cuca e treinadores anteriores, o time não consegue ser competitivo), não deveria ter seu contrato renovado.

Um planejamento mais racional seria buscar um treinador que tenha uma carreira já mais estabelecida e que tenha um perfil que case com o elenco que temos. Treinador faz sim a diferença. Para não cair no chavão recente do sucesso que o Flamengo vem tendo (embora ainda não tenha conquistado nada, o futebol apresentado é inquestionavelmente vistoso e eficiente), basta olhar para o exemplo do Grêmio. O elenco que Renato tem na mão é pra lá de mediano. Inclusive muitos jogadores saíram daqui praticamente escorraçados, como Maicon, Cortez e Paulo Miranda. Ainda assim, ele consegue fazer o time ser brigar por títulos, mesclando os jogadores que a diretoria de lá consegue dar para ele (nem se compara o orçamento do Grêmio com o nosso) e quem sobe da base. O único jogador realmente acima da média que ele possui lá é o Everton (que na minha opinião é o melhor jogador em atividade no Brasil).

Não digo que Renato seria o treinador a ser contratado, mesmo porque duvido que ele saia do Grêmio depois da paulada que levou. Ele tem cara de quem vai buscar dar a volta por cima. Eu sugeriria o nome de outro rival direto: Jorge Sampaoli. É um treinador versátil, que consegue montar times de acordo com as características dos jogadores que possui. Diferentemente do que dizem, ele não possui obsessão em lançar suas equipes ao ataque. Basta ver como jogava o Chile quando ele conquistou a Copa América em 2015. Era um time com um jogo pegado, de consciência tática e estocadas fatais. No Santos, ele montou um time mais ofensivo, mas igualmente eficiente (ou alguém esperava mais do elenco deles do que tem apresentado até aqui)? Ele tem um perfil que poderia dar certo aqui. Outros treinadores não me vem a mente imediatamente. Certamente não há nenhum brasileiro que tenha um estilo semelhante, tirando o Tiago Nunes, do Atlético Paranaense, que dificilmente largaria a estabilidade que possui lá para se arriscar em um time com um péssimo histórico recente como o nosso. Ele teria muito a perder.

O ideal seria buscar um estrangeiro. Não apenas por causa do efeito Jorge Jesus, mas sim porque os melhores resultados que tivemos de 2012 para cá foram com treinadores estrangeiros (fora o saudoso Muricy em 2014). Não à toa que dois deles saíram para seleções nacionais (Bauza para a Argentina e Osorio para o México). Aguirre, ao meu ver, foi demitido injustamente, visto que aquele elenco do ano passado era extremamente limitado e tinha chegado muito mais longe do que era coerente esperar. Ele não tinha um perfil que me agradava (muito defensivo), mas ainda assim conseguiu ser eficiente por muito tempo (enquanto a maioria falhou miseravelmente).

Um nome que está em destaque no momento depois do interesse demonstrado pelo Internacional é o Eduardo Coudet, atual campeão argentino pelo Racing. Confesso que desconheço o seu trabalho (não acompanhou o futebol argentino, a não ser alguns jogos exparsos nas competições continentais), mas se os gaúchos se interessaram por ele, deve ter qualidade. Eles possuem olheiros muito bons para o mercado sul-americano. Claro, não contrataria às cegas, mas caberia aos profissionais do Morumbi irem atrás e ver o trabalho do sujeito. Pelo que vi em reportagem no Ole, eles estão bastante preocupados com a possibilidade perdê-lo, o que é um sinal que agrada bastante.

Fora ele, há o nome óbvio de Marcello Gallardo que, dependendo do resultado que obter na decisão da Libertadores, estará em final de ciclo no River Plate. É possível que ele privilegie uma transferência para algum clube da Europa, mas não custa tentar. Ele é um treinador inegavelmente qualificado, tornou o River a maior potência do continente nos últimos anos. Todavia, creio que é improvável que aceitasse vir, pois chegou num patamar que teria muito a perder aceitando vir para uma incógnita como é o São Paulo atualmente.

De toda maneira, caso Diniz não emplacar neste final de campeonato, devemos buscar um novo treinador (para não repetir o erro desta temporada, em que insistimos em Jardine mesmo vendo ele patinar enquanto quebrava o galho). A preferência é claramente por algum treinador estrangeiro que já tenha promovido bons trabalhos e conquistado títulos.

O terceiro grande problema é qualificar melhor nosso elenco, que é bastante desequilibrado. Finalmente encontramos um goleiro seguro (e é obrigatório contratar Tiago Volpi em definitivo), e temos bons reservas para ele (Jean e Lucas Perri). Nossa zaga também vem se provando satisfatória Arboleda e Bruno Alves são limitados, mas formam uma boa dupla. Anderson Martins serve para compor o elenco. Walce é promissor e deve ganhar mais oportunidades na próxima temporada. E há ainda o Rodrigo (outra cria da base) para retornar de Portugal no segundo semestre do ano que vem. Não é imperativo, mas considerando que o Gustavo Henrique, do Santos, está no mercado (seu contrato se encerra em janeiro), seria inteligente tentar contratá-lo, pois é um ótimo jogador e com características interessantes (muito alto, pode ser importante na bola parada). O Palmeiras já está de olho nele.

Nas laterais começa o desequilíbrio. Enquanto na direita temos Daniel Alves, Juanfran e Igor Vinícius (que vem surpreendendo e evoluindo bastante, tem que ser contratado do Ituano), na esquerda só temos Reinaldo (que dou o braço a torcer e reconheço que tem sido muito importante). O Léo, com todo o respeito, não serve para ser o reserva imediato. Deveria ser emprestado, não é um jogador pronto. Precisamos de um reserva que desafie a titularidade do Reinaldo (eu tentaria junto ao Monaco um novo empréstimo do Jorge, que tem sido um dos melhores do Santos).

No meio-campo somos deficientes em características importantes. Se resolvida a questão crítica da falta de preparo físico, ainda assim nosso elenco não aporta elementos decisivos para um time vencedor. Por exemplo, não temos um volante que chegue na área (como o Bruno Henrique faz no Palmeiras ou o Paulinho fazia no Corinthians, por exemplo). Isso é essencial. Basta lembrar que quem fez o gol que deu o título do Mundial em 2005 foi o Mineiro. Quantos gols nossos volantes tem na temporada? Só consigo lembrar do Hernanes fazendo gol, mas ele tem jogado mais adiantado, então não conta. O Hudson pra dizer a verdade até lembro de ter feito um gol no primeiro jogo do ano, contra o Mirassol, pelo Paulista. Mas nunca foi jogador que aparece como elemento surpresa. O Jucilei então, nem se fala. Dos jovens, o Luan é uma negação atacando, e o Liziero até sabe finalizar (embora seja de longa distância, mas chegar na área mesmo, não chega). Mas infelizmente ele tem o problema de se contundir muito, então não é muito sábio depender dele. A conclusão é que precisamos de alguém que possa desempenhar esse papel com certa constância. Mesmo que não seja para sempre fazer gols, essa movimentação ajuda a quebrar as linhas adversárias e abrir espaço para os demais jogadores adversários. Somos muito estáticos em campo.

Outra característica que falta aos nossos jogadores de meio-campo é o arremate de longa distância. Trocamos muitos passes nas proximidades da área, mas raramente finalizamos. Os atacantes ficam esperando aquele último passe que nunca chega. Se tivéssemos um ou dois jogadores que fossem perigosos chutando de fora da área, o adversário não ficaria tão confortável postado na defesa. Teria que sair para bloquear, por consequência possibilitando trabalharmos a bola nos espaços deixados. Uma coisa leva a outra quando se tem um time versátil. O único que chuta de vez em quando é o Hernanes, mas faz muito tempo que não acerta, fora que ele já não tem mais físico para estar em campo direto. Não me surge um nome óbvio para suprir nenhuma dessas duas deficiências do time, mas com certeza há jogadores assim no mercado. Sempre há, basta procurar (para ser sincero, me vem o nome do Renato Augusto, que tem um ótimo chute, mas não sei como ele está na China).

E, para concluir a questão do meio-campo, falta um armador. Temos uma excelente promessa de médio ofensivo, que é o Igor Gomes, mas que não arma o jogo. Ele é mais o cara de conclusão, de tabelar. Não temos aquele jogador que consiga enfiar aquela bola rasgando as linhas do adversário, para o ponta entrar na cara do goleiro (eu até posso ver o Antony fazendo isso, jogando centralizado, mas teria que treinar bastante). O ideal seria ter um jogador assim, embora seja mais fundamental ainda as outras duas caraceterística citadas anteriormente (chegada na área e finalização de longa distância).

No ataque, também há desequilíbrio, agravado pelo excesso de contusões dos dois principais jogadores (Pablo e Pato). Por mais que digam que não, o Pablo é sim um 9. Sabe cabecear, sempre está bem posicionado esperando o rebote do goleiro, sabe arrematar de qualquer jeito etc. Mas ele simplesmente não consegue jogar, machuca muito. Se resolverem isso, ele tende a render. Foi um jogador importantíssimo no Atlético Paranaense na temporada passada, liderando o ataque. Dado esse histórico, eu iria atrás de outro 9 para suprir as ausências dele, pois não dá para depender de um cara que esteve ausente a maior parte da atual temporada.

Meu nome preferido é o Gilberto, artilheiro no Bahia como foi em todo lugar que passou, inclusive aqui. Jamais deveria ter saído. E também traria de volta o Gabriel Novaes assim que possível. Ele é o típico caneludo, mas fazedor de gols. Jogadores assim são importantes e tem um papel a desempenhar em equipes campeãs, mesmo que apenas saindo do banco em algumas partidas. Fora que ele é jovem e tem muito a evoluir. Vejam o jogador letal que William José se tornou na Espanha. Nem sombra do que era aqui (embora já fizesse seus golzinhos, tendo sido uma peça importante no título da Sul-Americana em 2012). Há ainda o Raniel, mas ao meu ver é um jogador nulo, uma contratação totalmente sem sentido (e pagaram caro nele ainda). Não faria parte do planejamento para a próxima temporada, se fosse eu a decidir.

Nas pontas, a falta de um jogador mais insinuante e que vá realmente até a linha de fundo é evidente. Talvez é a maior deficiência do elenco. Absolutamente todos os jogadores dessa posição cortam para dentro toda vez. Isso é inadmissível. Sempre a mesma jogada previsível. O Antony se resume a um levantador de bolas na área (para ninguém, destaque-se, já que jogamos sem centroavante). O Helinho tem talento, mas visivelmente não está pronto. Tem que ser emprestado. Idem o Toró. O Calazans é outra contratação pra lá de questionável, tal qual Raniel. Duvido que seria titular em qualquer equipe da série A, até mesmo no Avaí ou na Chapecoense. Até pra compor elenco nesses clubes ele teria dificuldades. O Éverton foi talvez o melhor jogador da equipe em um certo momento no Brasileirão do ano passado, mas a grande quantidade de contusões simplesmente impede que ele consiga contribuir para a equipe. É um jogador que ao meu ver deve permanecer no elenco pela qualidade que tem, mas sem qualquer expectativa. Se voltar a jogar bem ótimo, se não voltar, não renovem o contrato quando encerrar. Mesma coisa o Rojas.

Ou seja, precisamos um jogador veloz para alargar o campo pelas pontas, chegando à linha de fundo. E que também faça gols, não adianta só ser um corredor. Tem que aliar velocidade com uma finalização decente. Muita gente vai discordar, mas eu gostaria de ver o Romarinho no São Paulo. É liso e que sabe fazer gols. É o tipo de jogador que é melhor ter no seu time do que jogando contra você. O contrato dele no Oriente Médio já está encerrando, provavelmente viria de graça. Se fosse para sonhar alto, eu iria atrás do Willian, que está com o contrato encerrando na Chelsea. Com certeza possui mercado em clubes de menor expressão na Europa (ou na China), mas talvez ele prefira voltar ao Brasil para tornar mais fiável uma vaga na Copa do Mundo. Tudo depende do projeto que o São Paulo apresentar. Com certeza é melhor para um jogador estar em uma equipe vencedora aqui (veja o caso do Gerson no Flamengo) do que escondido em algum clube mediano no Exterior. O Willian, atuando no Brasil, é rei. Duvido que alguém aqui tenha dúvidas disso. Éverton Ribeiro e De Arrascaeta não servem nem para lustrar as chuteiras dele. Na China ainda também está o Roger Guedes, que jogou muito não faz muito tempo no Atlético Mineiro. Mas os números dele lá não estão lá muito bons, então não sei como estaria a parte física dele (fora que o contrato é longo).

Em resumo, temos um elenco razoável, se melhorar a parte física. Mas falta, pelo menos, um lateral-esquerdo para brigar pela titularidade com o Reinaldo; um volante com chegada na área e bom arremate de longa distância; um meio-campista armador (e que tenha bom chute de fora da área também, se possível); um centroavante para suprir as possíveis ausências do Pablo e ao menos um ponta que realmente chegue à linha de fundo (o ideal seria dois, um de cada lado). E, o mais importante, um treinador que saiba fazer o time impôr um estilo de jogo eficiente, caso o Diniz de fato não faça o time evoluir nessa reta final do campeonato.

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