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Ganso tenta esquecer polêmicas e renascer para ser maestro na Copa


O jogador que foi apontado pela torcida do Santos como o “maestro” da equipe e, durante algum tempo, chegou até mesmo a ser tido por alguns como superior ao atacante Neymar saiu para o São Paulo. Colocando fim em uma relação cheia de polêmicas que o atrapalharam a ter mais sucesso na carreira nos últimos anos.
Uma série de lesões, que teve início com uma contusão no joelho esquerdo, em agosto de 2010, comprometeu a sequência de Ganso. Sem um bom relacionamento com a direção do clube praiano, o desgaste foi crescendo até que, enfim, o meio-campista trocou a Vila Belmiro pelo Morumbi.

Sonho de consumo do Tricolor Paulista para o restante do Campeonato Brasileiro, Paulo Henrique Ganso agora tem um novo desafio pela frente vestindo a camisa são-paulina: recuperar o seu bom futebol e brigar por uma vaga na Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2014. Oscar está na sua frente na disputa pela camisa 10 canarinho.

A Gazeta Esportiva.Net relembra a trajetória de Ganso no Peixe, desde as dificuldades para se firmar entre os profissionais até o imbróglio que gerou a sua transferência para o rival do Alvinegro praiano.

Chegada pelas mãos de G-10 e primeira polêmica: Indicado para fazer testes no Santos pelo ídolo da torcida, Giovanni, que estava em sua segunda passagem pela Vila, Paulo Henrique Ganso foi aprovado e passou a integrar as categorias de base do clube.
Já na base alvinegra, o meio-campista começou a despontar, apesar de ainda não contar com a badalação de nomes como Neymar e Jean Carlos Chera, donos de salários elevados mesmo antes de serem lançados no time principal.

Mas quem o levou ao Peixe não tem mais um relacionamento próximo com Ganso. Giovanni garantiu que não houve resolução de pendências financeiras sobre o assunto com a família do jogador. O “Messias” alegava ter participação nos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso.

“Rebaixamentos” e afirmação no time principal: Destaque na Copa São Paulo de Juniores, em 2008, o meia foi lançado pelo então técnico Emerson Leão entre os profissionais. Mas com o momento conturbado da equipe, que sofreu um desmanche de suas principais peças em relação à temporada anterior, Paulo Henrique Ganso e outros garotos da base, como Alemão e Tiago Luis, não conseguiram se firmar.

Meia começou a se tornar intocável em 2009, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo
Sendo assim, o meia foi obrigado a voltar para a base duas vezes, tanto com Leão quanto com Cuca. Apesar disso, se recuperou e, após um bom restante de temporada nos juniores, retornou ao elenco principal no começo de 2009. Um gol na vitória sobre o Guarani, por 3 a 1, na Vila Belmiro, sob o comando do técnico interino Serginho Chulapa, foi o suficiente para que o novato caísse nas graças daquele que havia sido escolhido para ser o novo treinador do Peixe: Vagner Mancini.

Com Mancini no comando, Paulo Henrique Ganso passou a ser titular absoluto. Ao lado de Neymar, o meio-campista foi um dos responsáveis pela reação do clube praiano no Paulistão daquele ano. Os santistas tiveram uma boa campanha de recuperação, se classificaram às semifinais, onde eliminaram o Palmeiras, mas foram derrotados pelo Corinthians, de um inspirado Ronaldo Fenômeno, na decisão do título.

No restante do ano, mesmo com a saída de Vagner Mancini para a entrada de Vanderlei Luxemburgo como técnico, Ganso, com algumas exceções, se manteve praticamente intocável entre os titulares da equipe.

Auge e “não” para Dorival: Foi em 2010, com a chegada de Dorival Júnior, que o camisa 10 atingiu o seu ápice. Em grande forma, ao lado de um time que contava com Arouca, Wesley, Robinho, André e Neymar, Paulo Henrique Ganso fez uma grande temporada, ajudando o clube a conquistar os títulos paulista e da Copa do Brasil.

Na final do Paulistão, contra o Santo André, Ganso talvez tenha atingido o ponto mais alto de idolatria por parte da torcida, ao se recusar a ser substituído pelo zagueiro Bruno Aguiar, nos minutos finais do jogo. Preocupado com o resultado de 3 a 2 para o Ramalhão, que tinha dois atletas a mais em campo e precisava de mais um gol para ser campeão, Dorival partiu para a sua última modificação. Mas o meia foi enfático ao gesticular que não deixaria o confronto e permaneceria até o fim. Com um show do camisa 10, prendendo a bola e fazendo lances de efeito, o Santos suportou a pressão do adversário e ficou com a taça.

Suas grandes atuações lhe rendem uma renovação de contrato com o Peixe, que aumenta o seu salário para R$ 130 mil mensais, com uma multa rescisória para o exterior avaliada em 50 milhões de euros. O Lyon (França) se interessou pelo seu futebol, mas não levou a situação adiante. Apesar da boa fase, o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, não atende o clamor popular pela ida de Ganso e Neymar para a Copa do Mundo, que foi disputada na África do Sul.

Lesões e polêmicas com a diretoria: Aproveitando a parada do futebol brasileiro, por conta da Copa, o “maestro” anunciou que seria submetido a uma artroscopia no joelho direito, que tinha sido operado em 2007, quando ainda estava nos juniores. A cirurgia foi realizada devido a uma inflamação na membrana interna do joelho e, em menos de dois meses, Paulo Henrique Ganso estava de volta para ajudar o time a ser campeão da Copa do Brasil, sobre o Vitória.

Quando começava a retomar o ritmo normal de suas atuações, Ganso sofreu um duro golpe, com uma lesão de ligamento no joelho esquerdo sofrida em uma partida contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. O atleta deixou o gramado chorando. Após alguns dias, o meio-campista foi operado pelo ortopedista José Ricardo Pécora.

A contusão atrapalhou o andamento das conversas em torno do plano de carreira que havia sido prometido pela direção santista, nos moldes do contrato feito com Neymar após o atacante rejeitar o Chelsea, da Inglaterra. No mesmo dia do anúncio da lesão, o Peixe abriu negociações. Só que, depois de algumas novas reuniões, Paulo Henrique Ganso se recusou a ceder 30% de sua imagem e o “embate” com a cúpula alvinegra teve início.

No começo de 2011, o jogador foi para o “ataque” e desabafou, acusando os dirigentes de não terem dado a valorização que ele esperava por conta da lesão. Na época, Milan e Inter de Milão, ambos da Itália, tinham sondado Ganso.

Chuva de moedas” e interesse do São Paulo: No retorno ao Santos, Paulo Henrique Ganso marcou um gol na vitória sobre o Figueirense, por 3 a 1, no Orlando Scarpelli. Mas a notícia do interesse do São Paulo ‘roubou’ a cena do tento anotado.

Com o Tricolor Paulista investindo em sua contratação, mesmo após ter duas ofertas recusadas pelos santistas, Ganso é alvo de uma ‘chuva de moedas’ de parte da torcida após a derrota para o Bahia, por 3 a 1, em 29 de agosto, na Vila Belmiro. Chamado de mercenário, o meio-campista foi perseguido ao buscar seu automóvel após a partida, no CT Rei Pelé. Frases pedindo a sua saída são pichadas no local.

Em meio a uma situação praticamente insustentável, o Peixe tentou a sua última cartada para renovar com Paulo Henrique Ganso, dois dias depois dos protestos da torcida. Mesmo com o reajuste de R$ 420 mil, o fato de esse valor ser válido apenas por seis meses, com possibilidade de prorrogação, não seduziu o meia.

Sem uma resposta de Ganso, o Alvinegro Praiano viu o Grêmio se juntar na briga pelos 45% dos direitos econômicos do jogador presos ao clube. Porém, a preferência do atleta pelos são-paulinos pesa e o Tricolor Gaúcho, após o time do Morumbi sinalizar com o pagamento do valor da multa, R$ 23,9 milhões, deixou a negociação.


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