Contratações milionárias, ambição de conquistar a Taça Libertadores, futebol que ainda não convenceu a torcida e derrota na última rodada do Campeonato Paulista. Os roteiros de São Paulo e Corinthians se confundem em 2010. Quem vencer o clássico deste domingo, às 16h, no Pacaembu, ganhará fôlego contra as cobranças e deixará o rival em uma condição difícil no Estadual. Apesar de o Timão defender um tabu de três anos sem derrotas, o técnico Mano Menezes coloca os times no mesmo patamar.



- O momento das equipes é parecido. Ambas estão fazendo boa campanha na Libertadores. O São Paulo está um pouco melhor que nós no Paulista. Estamos vindo de resultados negativos, mas esperamos um jogo forte, porque temos condições de fazer um bom jogo. Nós esperamos cuidar bem da nossa parte para que a equipe consiga produzir - afirmou.



Tricolor e Timão, aliás, poderiam estar em condições melhores no Estadual 2010. Na rodada passada, o São Paulo foi derrotado pelo Bragantino por 1 a 0, fora de casa, e estacionou nos 30 pontos, em terceiro. Uma vitória praticamente classificaria o clube para as semifinais. Agora, a pressão aumentou. Portuguesa e Grêmio Prudente, com 28, ameaçam. Depois do clássico, ainda tem dois jogos difíceis pela frente: Botafogo (casa) e Santo André (fora).



O Corinthians também bobeou no meio de semana. A derrota por 1 a 0 para o Paulista, na Arena Barueri, derrubou o Alvinegro do G-4 para a sexta colocação, com 26. De quebra, o resultado colocou torcida e elenco, principalmente Ronaldo, em atrito. Além de triunfar sobre o rival, o time do Parque São Jorge precisará torcer por tropeços de Lusa e Prudente para se classificar e manter vivo o sonho do bicampeonato. Na sequência, tem adversários mais fáceis: Ituano (fora) e Rio Claro (fora).

Independentemente de como chegam para o clássico, Mano Menezes prega respeito. O Corinthians não perde para o São Paulo desde 11 de fevereiro de 2007, quando foi batido por 3 a 1, no Morumbi, pelo Paulistão. Após isso, foram quatro vitórias alvinegras e quatro empates. Números que, para o treinador, pouco importam, como aconteceu na quebra do tabu de quase quatro anos sem vencer o Palmeiras.



- Nossa vantagem é a mesma que o Palmeiras saiu no último clássico. Não adiantou nada porque nós vencemos. O futebol traz consigo enfrentamentos de grupos, mas as equipes estão em condições diferentes da última vez (no Pacaembu, vitória do Timão por 3 a 1). Sabemos disso, e o São Paulo também sabe. Nessa hora, temos que ser melhores que eles para voltar a vencer - completou.