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Atacante Borges irrita cartolas após expulsão em Porto Alegre

Expulsão por agressão, reclamações em treinos, jejum de gols. Nesta reta final de Brasileiro, Borges se transformou em uma espécie de fardo para o São Paulo. E apenas espera a temporada acabar para deixar o clube em que foi bicampeão Brasileiro em 2007 e 2008.

Atitudes como a que resultou em sua expulsão contra o Grêmio, quarta-feira, fizeram com que, ao longo do ano, a diretoria do São Paulo perdesse a paciência com o jogador, cujo contrato se encerra no fim do ano.

No Olímpico, justamente na partida em que completava 150 jogos com a camisa tricolor, Borges foi expulso após permanecer somente 14 minutos em campo. Motivo: uma agressão ao volante gremista Túlio.

Por conta do lance, o jogador deve ser denunciado no STJD por agressão física. A pena varia de 120 a 540 dias de suspensão.

Principal alvo dos jornalistas no desembarque do time hoje à tarde, no aeroporto de Congonhas, o atacante não apareceu na chegada à capital paulista. Nas últimas semanas, Borges também deixou de participar das entrevistas no CT do São Paulo na Barra Funda.

Diretores tricolores dizem que Borges é "egocêntrico". E avaliam que o atacante não assimilou a concorrência com Washington por um lugar no ataque ao lado de Dagoberto, único titular absoluto do setor.

Desde a época em que Muricy Ramalho era o treinador da equipe, as reivindicações do camisa 17 por um lugar no time principal contribuíram, segundo os dirigentes, para criar um clima ruim entre o atacante e o resto do elenco são-paulino.

Nos últimos seis jogos, Borges foi reserva. Não marca um gol há exatamente dois meses, desde a vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, ainda na 22ª rodada.

Seu desempenho pouco lembra o do ano passado, quando o atacante foi o artilheiro do São Paulo no Nacional, com 15 gols. No Brasileiro de 2009, marcou seis vezes e, dos atacantes, foi o que menos balançou as redes.

E se nesta reta final do Brasileiro o São Paulo está descontente com Borges, a recíproca também é verdadeira.

O atacante já declarou, mais de uma vez, que não pretende seguir no Morumbi em 2010. Sua vontade é jogar na Europa, mas seu destino poderá ser Corinthians, Santos e Grêmio, clubes que têm interesse em contratá-lo no ano que vem.

Ontem, no Olímpico, o camisa 17 afirmou que pretende conversar com a diretoria do clube gaúcho após o Brasileiro.

Mas, mesmo com o divórcio iminente entre Borges e o São Paulo, no final deste ano, o técnico Ricardo Gomes já manifestou, por diversas vezes, sua vontade em contar com o jogador em 2010. Tanto que defendeu o atleta após sua expulsão em Porto Alegre e atribuiu a agressão a Túlio ao "excesso de vontade" do atacante.

Já o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, disse que não haverá punição para os atletas expulsos no estádio Olímpico. Além de Borges, Jean e Dagoberto também tomaram cartão vermelho.

Com 13 expulsões, o São Paulo é a segunda equipe mais indisciplinada do Brasileiro. Só é superada pelo Cruzeiro, que, com um jogo a menos, já acumula 14 cartões vermelhos.

"Não haverá nada. As expulsões foram normais. Vocês [jornalistas] bem que gostariam muito [de que houvesse punição], para ter agitação pelos lados do Morumbi, que, mais uma vez, corre risco de ser campeão Brasileiro", disse.

Sobre Borges, Juvenal, assim como Ricardo Gomes, também teceu elogios. "Acho que ele se dedicou", declarou o cartola.

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