A Federação Paulista de Futebol (FPF) reconheceu o erro na marcação do pênalti durante a semifinal do Campeonato Paulista entre o Palmeiras e o São Paulo, movimento que veio a público a partir de um documento enviado ao Tricolor. A situação, que envolveu um toque de Arboleda em Vitor Roque, levantou polêmica e foi abordada inicialmente pela TNT Sports Brasil.

No comunicado, assinado pelo presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, a entidade declarou que, mesmo tratando-se de uma jogada interpretativa, o árbitro deveria ter sido convocado para revisar a decisão por meio do VAR. A FPF se posicionou ao afirmar que a penalidade marcada foi "equivocada". O ofício foi uma resposta a uma solicitação do São Paulo, que no dia 11 considerou não utilizar seus jogadores mais destacados no próximo torneio estadual como forma de protesto.

O São Paulo também requisitou a exclusão do árbitro Flávio Rodrigues de Souza do quadro de arbitragem, classificando sua atuação durante o clássico como "desequilibrada". Apesar de reconhecer o erro no lance, a nota destaca a integridade dos profissionais envolvidos, dizendo que tanto Flávio Rodrigues quanto Rodrigo Guarizo do Amaral, ambos árbitros FIFA com vasta experiência, são íntegros e suscetíveis a erros humanos.

A FPF expressou suas lamentações pelos danos ocasionados e garantiu que continuará a trabalhar para corrigir equívocos. O organismo também afirmou que investirá continuamente para aprimorar a arbitragem, destacando que já alocou mais de R$ 6,5 milhões em 2024 para a formação de árbitros.

O documento também ressaltou a importância do Paulistão, que engaja mais de 100 milhões de torcedores e distribuiu mais de R$ 1 bilhão aos clubes nos últimos quatro anos. A FPF reafirmou seu compromisso com o diálogo entre a federação e os clubes, incluindo o São Paulo, para construir soluções que evitem a repetição de problemas futuros.

Por fim, Bastos reiterou um pedido de desculpas ao goleiro Rafael, ressaltando que uma manifestação anterior poderia ter sido mal interpretada, dando a entender que ele era o culpado pela falta que originou o pênalti, o que foi negado pelo presidente.