Recentemente, doze clubes que compõem o Movimento dos Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB) emitiram uma carta conjunta exigindo a exclusão do Sport Club Corinthians Paulista da tradicional Copa Votorantim Sub-15. Essa solicitação decorre de alegações de aliciamento de um jogador de apenas 14 anos, que faz parte do Palmeiras. Apesar de ter sido retirado do MCFFB, o Corinthians refutou as acusações, afirmando não ter aliciado o atleta em questão.

Os clubes que se uniram em protesto incluem São Paulo, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, América-MG, Juventude, Goiás, Sport, Fortaleza, Ferroviária, Guarani e Bahia. Todos estes afirmaram que não participarão da competição, marcada para iniciar em 17 de janeiro, caso o Corinthians não seja removido da lista de participantes.

A Prefeitura de Votorantim, responsável pela organização do torneio, emitiu uma nota oficial assegurando que está em diálogo com a diretoria do MCFFB e garantindo que "a competição não será prejudicada". A exclusão do Corinthians do movimento impede o clube de competir em eventos organizados pela CBF e pode dificultar a retenção de atletas não vinculados por contratos profissionais.

A Copa Votorantim, realizadora do evento desde 1991, já revelou talentos como Neymar, Vinicius Júnior e Casemiro, entre outros. Em sua nota, a Prefeitura confirmou que a comissão organizadora decidirá conforme os regulamentos e fundamentos legais pertinentes à situação.

Por outro lado, o movimento de clubes formadores disse que a decisão de exclusão foi tomada em virtude das supostas ações não éticas do Corinthians, que aliciou um atleta que ainda não completou 14 anos de idade e não tinha contrato de formação com o Palmeiras.

Em resposta às alegações, o Corinthians expressou seu descontentamento com a decisão que resultou em sua exclusão do movimento e disse estar em conformidade com o código de ética do MCF, sempre respeitando todas as diretrizes e integrantes. O clube enfatizou que as contratações de atletas realizadas em 2024 seguiram todos os procedimentos adequados, visando manter relações transparentes e éticas entre as agremiações.