Se a não negociação de Miranda com o futebol europeu agradou em cheio o torcedor são-paulino, o mesmo não pode se dizer do jogador. O zagueiro, que está com a Seleção Brasileira, mostrou descontentamento com a decisão do presidente Juvenal Juvêncio, que optou por mantê-lo pelo menos até o fim do ano no Sampa.

O zagueiro, que teve propostas da Fiorentina (ITA) e Wolfsburg (ALE), afirmou que os valores pedidos pelo São Paulo foram oferecidos e que sua ida para a Europa só não foi concretizada por uma decisão pessoal do presidente.

- Oque ele (Juvenal) pediu ele teve. Na hora da decisão, ele quis minha permanência. Ele fez um pedido, chegou a um acordo e na hora "h" não aceitou. Para mim, meu pensamento é permanecer e ser campeão - disse o zagueiro, após mais um treino na Granja Comary, no Rio de Janeiro.

O São Paulo recebeu uma proposta da Fiorentina de cerca de 12 milhões de euros, valores parecidos com a feita pelo Wolfsburg (ALE), um dia antes de a janela de transferências europeias fechar. O zagueiro, que nunca escondeu o desejo de voltar a atuar na Europa, se disse um pouco triste, mas fez questão de dizer que está focado no Campeonato Brasileiro. O São Paulo ocupa a quarta colocação no Brasileirão, com 37 pontos, quatro a menos do que o líder Palmeiras.

- Estou em um clube de ótima expressão no Brasil e meu objetivo agora é ser campeão. Infelizmente, não foi o objetivo do Juvenal minha partida, mas estou feliz. Não estou chateado, apenas um pouco triste, pois você tem objetivos na carreira e ele foi interrompido momentaneamente - disse.

Miranda tem direito a 20% do valor de uma possível negociação. O São Paulo detém 60%, enquanto que os outros 20% pertencem ao Sochaux (FRA), pelo qual o zagueiro atuou até 2006.

- Perdi muito dinheiro, mas a vida não é só isso. Acho que, a partir do momento em que fechou a janela, não tem o que lamentar. A vida continua - afirmou Miranda.